A Costela de Ouro: Comida de primeira e jeito de botecão em Nova Parnamirim

Cefas Carvalho

Honrando com sobras o nome que ostenta, A Costela de Ouro é daqueles que pode se orgulhar de ser ao mesmo tempo restaurante de categoria que oferece comida de primeira qualidade e também oferecer um ar de "boteco raiz" com tudo que o termo guarda — pratos fartos, preços justos, cerveja gelada, tv transmitindo futebol etc. 

Funcionando em Nova Parnamirim, entre a Avenida Ayrton Senna (uma das principais do bairro) e Cidade Verde, A Costela de Ouro existe na atual formatação há quase dez anos, desde 2014, quando o funcionário público recém-aposentado potiguar Gilberto Barros, hoje com 64 anos, morava em Salvador havia 28 anos e tendo passado na OAB pensou em abrir um escritório de advocacia. Mas recebeu um convite que lhe pareceu irrecusável: "Meu cunhado e minha irmã me chamaram para entrar em sociedade com eles em um restaurante que mantinham na informalidade e que queriam ampliar". Gilberto voltou a morar no Rio Grande do Norte e a partir daí nasceu o restaurante como se conhece hoje.

Mas Gilberto, espécie de front man da casa já que o cunhado Gustavo Sales e a irmã Rosalie não gostam de aparecer, lembra que não foi fácil nem simples. "Aos poucos fomos trocando as mesas e cadeiras de plástico pelas de madeira, que são marca registrada da casa, além de ampliar o espaço físico, fazer coberturas e consolidar nosso cardápio", recorda. O resultado do trabalho do rio foi eficiente e reconhecido. Nesses dez anos o espaço se tornou um dos mais frequentados e prestigiados de Nova Parnamirim, chegando a superar nos sábados e domingos (e obrigar os proprietários a colocar mesas no terreno baldio em frente a pedido dos clientes). "Atraímos muita gente de outros bairros de Natal e Parnamirim, além de pessoas de outras cidades e estados. Já recebemos aqui italianos e portugueses que vieram por indicação e saíram maravilhados com nossa comida regional", diverte-se Gilberto. 

Na tradição do "restaurante e bar raiz" A Costela de Ouro não investe pesado em redes sociais e nem em social media. "Nosso negócio é a divulgação boca a boca mesmo", confirma Gilberto. Compreensível, afinal, o local tem  diferenciais poderosos para atrair a clientela de maneira orgânica: o atendimento, o clima do lugar e o cardápio.

O colunista de Comida de Bar e o proprietário, Gilberto Barros:

Boteco é sonho de aposentadoria

O CARDÁPIO

Comecemos pela comida. O cardápio é bem variado, mas os carros-chefes da casa são as carnes, e evidentemente o prato que mais sai é a costela bovina, daquelas que desmancham e se pode desfiar com colher de plástico. No formato refeição, a pequena serve tranquilamente duas pessoas e sai por 45,50. A média sai por 89,50 e a grande, que serve um time de futsal com sobras, custa 159,90. A costela suína sai por 85,50 a pequena e 151,90 a grande. Outras carnes se destacam: Bife ancho, Contra filé, Maminha, Carne de sol, Picanha bovina e de cordeiro, Cupim, todos a preços camaradas quando se conta o valor por pessoa. Importante: as refeições são servidas todas em rechauds, o que garante que venham fumegantes para a mesa e que permaneçam quentes, e com acompanhamento de arroz, feijão (verde ou preto), macaxeira cozida (que é das melhores que já comi), farofa e vinagrete. também importante: Todas essas carnes são servidas no formato petisco, evidentemente a preços menores, servidas com farofa e vinagrete.

Mas garimpando o cardápio, tarefa longa e hercúlea, encontramos muito mais coisas e boas surpresas. A casa vende pedaços avulsos de carnes diversas, de maneira que a pessoa pode se quiser montar seu prato à sua maneira. O carré francês de cordeiro sai a 18,25 cada 100g. A Bisteca suína fica por 4,45 cada 100g enquanto a costela de porco pururuca sai a 7,99 cada 100g. Um dos meus preferidos, na combinação com purê de batatas e/ou pirão de queijo é o filé de surubim na brasa, 9,90 cada 100g (mas eu comeria meio quilo brincando!).

E haja cardápio. Existe uma parte chamada "do chef", que traz pratos como Camarão ao alho e óleo (serve muito bem duas pessoas e custa 70,00), Parmegiana de carne (95,00 e dá para duas ou até três viventes) e até mesmo um Prato Universitário a módicos 19,00, na prática um PF com carne (bife ou frango) e guarnição básica (arroz, feijão, salada e farofa).

MÚSICA AO VIVO E FUTEBOL NA TV

Tudo isso com cervejas estupidamente geladas, drinques variados a preços justíssimos e, como foi dito acima, atendimento de primeira, com garçons e garçonetes sempre comunicativos e bem humorados. "Aqui preferimos formar os profissionais em vez de contratar quem já trabalhou em outros esabelecimenos", explica Gilberto. Se tudo isso não convencer o crisão (ah, em uma igreja evangélica em frente ao bar e os fiéis são clientes fiéis, digamos, do restaurante) registre-se para os fins que se fizerem necessários que o espaço em música ao vivo sexas e sábados e na tv passa sempre partidas de futebol de campeonatos brasileiros, inglês e espanhol. Dá para morar no A Costela de Ouro, inclusive. Quem sabe um dia. 

FIQUE LIGADO

Endereço: Rua Açucena, 139 - Cidade Verde, Nova Parnamirim, Parnamirim.
Horário de funcionamento: das 11h às 23:00