Samanaú é referência no RN dentre as cachaças orgânicas de alambique

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A grande fase da cachaça

No Dia Nacional da Cachaça, conversamos com Dada Costa, empresário que comanda a Samanaú. A marca prepara lançamento da envelhecida 12 anos

13 de setembro de 2020

Por Cinthia Lopes

Faz um tempo que a cachaça de cana-de-açúcar deixou de ser um subgênero entre os destilados de qualidade no mundo. A água que passarinho não bebia ficou no passado. Hoje as cachaças são envelhecidas, ressaltadas por sabores e aromas complexos e tem recursos tecnológicos que inibem a “marvada” ressaca.

O Dia 13 de setembro é o Dia Nacional da Cachaça e a bebida vive sua grande fase tanto em vendas como em novos consumidores. O TL lembra que o Rio Grande do Norte possui algumas marcas premiadas nacionalmente e até em competições de destilados no exterior.

Conversamos com o empresário Vidalvo Costa, o Dada Costa, da Samanaú, uma das marcas mais premiadas da região. A destilaria seridoense já conquistou várias medalhas internacionais e é listada em livros de especialistas por conta de sua cachaça orgânica envelhecida. A fama no boca a boca, somada à tecnologia investida na destilaria fizeram da marca potiguar também a mais consumida no RN quando se fala em cachaça de alambique.

Hoje o site da marca comemora a data com uma super promoção, então basta acessar o www.cachacasamanau.com.br para conferir os diversos rótulos disponíveis e usar o cupom DiaDaSamanau.  

No Youtube e nas redes sociais o domingo também será de live com no Boteco do Circuito Musical e convidados. Claro, com patrocínio da cachaçaria. Ontem (12) também foi dia de participar do leilão Quarter Horse Sale, no Parque Aristófanes Fernandes.

Das novidades, a marca está preparando o lançamento da Cachaça Envelhecida por 12 anos em barris de carvalho, que será lançada em 2021. São poucas no Brasil com envelhecimento desse porte.

Sobre o cenário brasileiro, ele conta que o Brasil produz um bilhão e duzentos milhões litros de cachaça, exporta menos de um por cento e toda essa bebida, ou seja 90%, é consumida no Brasil, portanto é o destilado mais consumido no país. O empresário também explica como apreciar uma boa cachaça de alambique.

Confira a entrevista:

1- A criação de rótulos premium das cachaçarias ampliou o mercado consumidor? 

Dada Costa: Hoje em dia está acontecendo muito do consumidor de outros destilados, como o uísque, migrar para o consumo da cachaça. As cachaças premiadas não devem ser usadas para produzir coquetéis.

2 - A Samanaú teve o seu crescimento nos últimos anos por conta da criação das cachaças envelhecidas, que possuem sabor mais complexo. Como a Samanaú está no mercado?

A Samanaú é uma bebida consumida e propagada no “boca a boca” e hoje é a cachaça de alambique mais consumida no nosso estado e é a terceira mais lembrada pelo consumidor, perdendo apenas para duas cachaças industriais - 51 e Pitu.

3- Qual a diferença das cachaças industrializadas para os destilados envelhecidos?

Nós temos cachaças envelhecidas e industriais, por exemplo, “160 anos” da Ypioca e “Vitoriosa” da Pitu, como também temos cachaças de alambique envelhecidas, porém, existem poucas cachaças premium com 12 anos de envelhecimento, como planeja a Samanaú.

4-A Samanaú resgatou alguns rótulos clássicos, como a Murin Mirim, a primeira cachaça filtrada brasileira. A linha ainda é vendida ou foi só uma edição especial?

A centenária Murim Mirim continua sendo comercializada pela Samanaú. Fizemos uma homenagem a cachaça mais antiga do estado e a colocamos no mercado desde 2014. Além da cachaça Murim Mirim, também iremos lançar a nossa Samanaú 12 anos, envelhecida em barris de carvalho e faz parte dos nossos planos lançar em meados de 2021, assim também como a vodka VOA, premiada mundialmente na Inglaterra, e antes apenas comercializada no Rio de Janeiro, também estará no nosso portfólio de vendas no nosso estado.

5- Como se deve apreciar uma boa cachaça?

Nós usamos quase todos os sentidos na hora de consumir uma boa cachaça. Usamos a visão para apreciar a beleza do rótulo, da garrafa, da cor do líquido; usamos o olfato para cheirar o destilado e haver uma interação entre a bebida e o consumido. Uma dica: se o cheiro não for bom, despreze a bebida imediatamente; em seguida vem o paladar, onde o destilado deve ser ingerido em pequenas quantidades, e ela deve ser macia, “redonda”, que não arranhe a garganta (que significa pequena acidez), e ela não deve ser misturada com nenhum outro tipo de bebida e se no outro dia o consumidor sentir ressaca, mesmo tendo bebido apenas a cachaça, nunca mais volte a consumir aquele destilado, pois uma boa cachaça não dá ressaca.