Primeira etapa teve foco no ciclo junino. As próximas ações estão voltadas para o meio digital
Reportagens
projeto abarca mais de mil participantes com oficinas em diversas áreas da economia criativa para a inclusão da população PcD, LGBTQI+ e jovens
28 de junho de 2022
As pessoas com deficiência e os jovens em situação de vulnerabilidade são parte da população que mais enfrenta dificuldades de acesso intelectual e social à arte e aos bens culturais, principalmente pela ausência de canais que oportunizem o desenvolvimento de suas potencialidades. Para formar pontes que diminuam essas lacunas, a Sociedade Amigos da Pinacoteca, entidade cultural do RN conhecida pelas ações de valorização das artes no Estado, lança o projeto “Arte que Inclui”, uma ação formativa e artística para inclusão da população PcD e também jovens periféricos, comunidade rural de assentados, quilombolas e população LGBT+.
O “Arte que Inclui” conta com aporte financeiro da Secretaria Especial de Cultura vinculada ao Ministério do Turismo. A primeira edição será voltada para a população de Mossoró, no Rio Grande do Norte. São diversos cursos nas áreas de Economia Criativa e Tecnologias Sociais para 1200 pessoas, além de um espetáculo musical, o Festival “Estrelas Especiais”, com participação de 320 pessoas com deficiência de todas as idades em setembro, no Teatro Dix-Huit Rosado.
OFICINAS
Ao todo são 14 oficinas, divididas em 3 etapas. Uma das coordenadoras do projeto, a produtora Joriana Pontes explica que as oficinas foram construídas no intuito de trazer diversidade. Nesta etapa serão cinco oficinas de percussão corporal que trazem 250 participantes entre crianças e adolescentes da rede Estadual de ensino. Também estão sendo ofertadas 3 oficinas de Fotografia em Celular, 3 para Edição de vídeo em celular e 3 oficinas de Marketing pessoal. Cada oficina recebe 30 alunos a partir dos 14 anos. E os instrutores são os melhores profissionais da cidade na atividade, Pacífico Medeiros, Ricardo Lopes e Jeane Meire, que farão as oficinas de Fotografia.
Para Edições de Vídeo em celular ministram oficinas Ivanaldo Fernandes e Jaedson, Vanessa D'olivier. Já o de Marketing Pessoal tem Nathália Rebouças, Ana Cláudia e Larissa Gabriele. “Todas são voltadas para quem quer atuar no mercado de redes”, pontuou Joriana. As oficinas de Vídeo, Fotografia e Marketing serão realizadas nos auditórios da MAISA e da ACIM - Associação Comercial e Industrial de Mossoró, entre julho e setembro.
Ainda existem três oficinas de maquiagem e duas são voltadas para a população LGBT+, incluindo para drag queens com performances. Das 3 oficinas de figurinos e adereços, duas são dedicadas a este público e uma para público geral. Joriana também lembra que a oficina de “Dança sobre Rodas” recebe até 30 participantes cadeirantes. “Este é um projeto de inclusão que permite o acesso aos mais diversos segmentos da economia criativa, com foco na qualificação para o mercado de trabalho”, comentou.
A última etapa serão oficinas no segmento de música específica para DJ, ministrada por nomes conhecidos da cena como Dj Hunter e DJ Gustavo RFK G. Assim como Grafite, tendo como instrutores os artistas Rayron Montelli, Marcelo Moraes e Marcelo Amarelo. E Capoeira com os professores Alice Alves, Douglas Eduardo e Breno Henrique. Essas oficinas irão compor o musical “Estrelas Especiais”, a ser realizado em setembro com a inclusão do público PcD.
O diretor da Sociedade Amigos da Pinacoteca, o médico, artista plástico e escritor Iaperi Araújo, disse que o “Arte que Inclui” amplia o olhar da instituição para a promoção da acessibilidade cultural ampla para diferentes públicos.
“Ao trabalhar a arte e a cultura com um grupo de jovens com objetivo de inclusão, a Sociedade Amigos da Pinacoteca realiza uma ação real das Organizações Sociais. Essa é a natureza também do lúdico junto ao universo PcD”, comentou.
MOSSORÓ
A escolha por Mossoró, segunda cidade do Rio Grande do Norte, foi motivada primeiro porque a região tem 30% de sua população formada por jovens, na faixa etária entre 12 e 29 anos, a grande maioria vivendo próximo à linha da pobreza. Depois, chama a atenção por ser a terceira cidade do Nordeste mais violenta para este público, de acordo com estudos da Unicef.
Por isso, dentro do pacote de ações inclusivas, está o fortalecimento das atividades econômicas para a população. “Temos um conteúdo cultural bem sublinhado. É de se considerar também as ações direcionadas aos grupos de assentados na zona rural, quilombolas e o coletivo de LGBT+”, comentou Iaperi.
PROJETO ARTE QUE INCLUI
Inscrições pela página virtual https://amigosdapinacoteca.com.br/artequeinclui/
ou informações pelo 84 2142-9161
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