Chico é um homem com nanismo que trabalha consertando fornos. Solitário, teve de lidar com abandono
Agenda Cultural
Depois do sucesso de "Sideral", o diretor lança novo filme em um dos quatro mais importantes festivais de cinema do mundo
13 de julho de 2022
Concorrente à Palma de Ouro no 74º Festival de Cannes em 2021 com o curta “Sideral”, o diretor Carlos Segundo volta em 2022 a figurar no importante circuito internacional de cinema com seu novo filme “Big Bang”, que dessa vez irá competir pelo Leopardo de Ouro no 75º Festival de Locarno, na Suíça.
Considerado um dos quatro mais importantes festivais de cinema do mundo (ao lado de Cannes, Berlim e Veneza), Locarno apresenta anualmente uma seleção pautada pela busca de filmes que se colocam em um território da criação autoral e do risco. “Big Bang” compete na categoria “Corti d’autore” dentro do programa “Pardi di domani”, voltado para curtas que fazem sua estreia mundial.
O filme narra a história de Chico, um homem com nanismo que trabalha consertando fornos. Solitário, ele vive um conflito interno contínuo, resultado do sentimento do abandono familiar - principalmente o paterno - e da exclusão social que normalmente o persegue. Mas Chico irá pouco a pouco descobrir uma forma de resistência e, por que não, de vingança.
Para Carlos Segundo, este filme marca “a consolidação de uma estética muito particular, a construção de narrativas concretas, mas ao mesmo tempo fabulativas e poéticas em torno do universo de personagens ordinários que são conduzidos ao limite do possível e do impossível da vida”.
Doutor em cinema pela Unicamp, Carlos Segundo é atualmente docente do curso de Comunicação Social Audiovisual da UFRN. Diretor, fotógrafo, roteirista e montador, realizou mais de 15 obras que, ao todo, circularam em mais de 250 festivais nacionais e internacionais. Coordenador e curador de festivais, mostras e oficinas de formação. É sócio diretor da produtora O Sopro do tempo.
Seu novo filme “Big Bang” foi filmado em Uberlândia (MG), e idealizado e montado em Natal (RN), sendo, portanto, mais uma conquista para o cinema potiguar. O curta é uma produção de O Sopro do Tempo e Les Valseurs e será distribuído no Brasil pela empresa potiguar Casa da Praia Filmes.
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