Divulgação da pesquisa foi realizada na sede da Prefeitura de Natal. Foto: Alex Régis

Reportagens

Carnaval em Natal movimenta R$ 126 milhões, segundo pesquisa da Fecomércio RN  

Pesquisa do Instituto Fecomércio RN também revelou que 73,3% dos comerciantes apontaram impacto positivo da realização do evento para o comércio

28 de março de 2023

Natalenses e turistas colocaram em circulação R$ 126,8 milhões durante o Carnaval na capital potiguar em 2023. Desse total, R$ 65,2 milhões foram oriundos dos participantes residentes em Natal e R$ 61,6 milhões provenientes dos visitantes e turistas. Os números foram apresentados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do norte (Fecomércio RN) ao prefeito de Natal, Álvaro Dias, e gestores municipais nesta terça-feira, 28.  

A pesquisa, realizada pelo Instituto Fecomércio RN, traçou o Perfil de Participantes e Percepção dos Empresários durante o período carnavalesco. A reunião contou com a presença de técnicos da Federação, autoridades e poder público, ocorreu na sede da Prefeitura.   

Somando a avaliação de participantes residentes e turistas, o Carnaval em Natal obteve uma média geral de 8,7 de aprovação. De acordo com o levantamento, 88,6% do público participante pretende voltar na próxima edição do evento.   

A pesquisa também apurou que fatores como acesso ao local dos eventos (93,5%), organização (92,8%), espaço físico/estrutura do evento (92,7%) e segurança (92,6%) foram os itens mais relevantes observados pelos foliões.  

Os lugares mais frequentados, dentro da programação oferecida pelo evento, foram shows musicais (78,6%), blocos de rua (45,4%), praias (28%), marchinhas (11,1%). A pesquisa ouviu 700 pessoas, no período de 16 a 21 de fevereiro.  

Para o presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz, os dados entregues hoje revelam a força e a pujança do carnaval na cultura e, sobretudo, na economia de Natal. “Os investimentos realizados pela Prefeitura são válidos, não só pela tradição cultural que a festa representa, mas também como fonte geradora de emprego e renda, além de fazer circular a economia do nosso estado. É importante se debruçar sobre a pesquisa para analisar quais pontos foram apontados pelos entrevistados que precisam de melhorias e verificar aqueles bem avaliados como aprimorar ainda mais”, afirmou o dirigente da Federação.   

Por ser uma data festiva que conta com uma programação variada e em diversos polos da cidade, a maioria dos entrevistados responderam que as atrações musicais (36,4%) é o principal motivo apontado pelo folião para ir ao Carnaval de Natal. Em seguida, fatores como gratuidade (29,7%), tradição (18,6%), amigos/familiares (16,3%), comodidade/localização (13,3%), também foram levados em consideração pelos foliões.  

O prefeito de Natal, Álvaro Dias, ressaltou parceria com a Fecomércio RN e a importância dos dados da pesquisa como diretriz para melhorias nas próximas edições do evento. “Vamos continuar trabalhando nesse sentido e agradeço a todos que se empenharam para realização desses eventos com muito sucesso, atuando de forma integrada”, disse o chefe do executivo municipal.  

Percepção dos comerciantes  

A pesquisa do Instituto Fecomércio RN também revelou que 73,3% dos comerciantes apontaram impacto positivo da realização do evento para o comércio em geral, e 77,3% dos empresários afirmaram que a expectativas quanto a movimentação de clientes foram atendidas. O faturamento médio total das empresas e estabelecimentos comerciais durante os dias de festa foi de R$ 5.764,15.  

No que se refere a investimentos, 31% dos comerciantes contrataram mais pessoas em função do carnaval. Das empresas que realizaram contratações, a maioria são empresas de médio e grande porte (38,7%), seguido pelas micro empresas (33,8%) e informais (31,7%).     

Já os setores do Comércio e de Serviços que foram mais impactados durante o período carnavalesco foram bares e restaurantes (23,7%), vestuário (16,3%), lanchonetes (11,7%), fantasias e adereços (7,3%), artesanatos (6,3%), ambulantes em geral (5,7%), conveniência (4,7%), distribuidora (4,7%), salão de beleza/barbearia (3,7%), padaria e confeitaria (2,7%).  

A pesquisa ouviu 300 empreendedores (formais e informais), e 700 pessoas, no período de 16 a 22 de fevereiro. O índice de confiança é de 95% com margem de erro de três pontos percentuais.