Cestas natalinas estão presentes nas festas de final de ano há várias gerações. Fotos: Cinthia Lopes
É Típico!
Símbolo de presente afetivo, marca de cestas natalinas já teve jingle composto por Wilson Simonal
09 de dezembro de 2020
Por Cinthia Lopes | Reportagem patrocinada
As Cestas de Natal São Cristóvão são a cara de Natal e também um símbolo afetivo das festas de fim de ano na capital do Rio Grande do Norte. Tudo começou em 16 de janeiro de 1949, quando o comerciante João Bastos Santana inaugurou um espaço no Mercado público da Cidade Alta para atender, com produtos diferenciados, o natalense e também pessoas que aqui chegavam atraídas pelas oportunidades durante e após a segunda guerra. Em um dos natais após viagem ao Rio de Janeiro, o filho Joilson trouxe uma cesta da tradicional Confeitaria Colombo, inspirando o comerciante a unir o útil ao agradável: os produtos que já comercializava ofertados como presente. Nascia a primeira São Cristóvão.
Do mercado para a rua Vigário Bartolomeu, após o incêndio que destruiu aquele estabelecimento, passaram-se muitos natais e gerações presenteadas, e ainda assim as Cestas de Natal São Cristóvão chega ao final de 2020 com sucesso de vendas. “Um símbolo de Natal”, como diria o cantor Wilson Simonal.
Faz alguns anos que a empresa virou marca e a cada natal garante seu lugar na mesa e nas festas natalinas das famílias e empresas. Inovou nas embalagens, que agora podem ser encontradas em formatos tanto tradicionais em cestas de vime, como baús trançados ou em madeira rústica. Também renovou os itens, mantendo a qualidade das marcas e produtos parceiros sempre presentes em todos os natais.
Com a pandemia do novo coronavírus, o presente recheado de alimentos especiais tomou um novo significado. É como avalia o empresário João Santana, ele mesmo surpreso com as vendas aquecidas meses antes do natal, ao ponto de esgotar quase todos os modelos. Para inovar, a marca planeja em 2021 expandir como produto a ser distribuído através de outros canais, ampliando as alternativas para alcançar novos mercados. Serão acrescidas as Cestas São Cristóvão de Páscoa, Dia das Mães, Dia dos Namorados e Dia dos Pais, além do carro-chefe que são as cestas de final de ano.
O cantor Gilliard dá voz e rosto às cestas natalinas com o jingle “como é bom natal em família...”
“UM PRESENTE QUE VOCÊ GOSTARIA DE GANHAR”
A relação do natalense com as cestas natalinas está tão arraigada que logo vem em mente a imagem de Wilson Simonal ou Gilliard cantarolando o slogan “Dê um presente que você gostaria de ganhar...” A frase, aliás, foi cunhada pelo próprio Simonal, amigo do empresário João Santana, em uma de suas temporadas na cidade por volta de 1989. Desde então virou mote e o rei do Sambalanço brindou o seu amigo João participando dos comerciais com seu depoimento na tv e outdoors. Posteriormente, outros amigos passaram a participar dos comerciais, como João Batista do Fama, Zeca do Trombone e o cantor Gilliard, que até hoje nos brinda com o jingle “como é bom natal em família...”
João Santana é tradicionalista neste sentido: “Como mudar uma coisa tão verdadeira? Uma cesta natalina é um ato de carinho, faz bem para quem presenteia e quem a recebe”, reforça o empresário e proprietário da marca.
PRODUTOS E MODELOS
Atualmente as vendas das Cestas de Natal São Cristóvão são efetuadas na loja central localizada na av. da Integração, em Candelária, ou pelo portal de compras na internet www.cestasdenatalsaocristovao.com.br com entrega para todo o Brasil.
São duas categorias de embalagem. As cestas e kits em seis modelos e os baús em oito modelos. Os kits mais enxutos custam a partir de R$ 43,90 com sete itens e a de R$ 279,90, com 18 itens. Já os baús variam de R$269,00 com nove itens até o Baú Magnata, o mais luxuoso contendo 50 itens de produtos, ao preço de R$ 5.590,00, que inclui aí 12 bebidas de alto padrão, dentre elas champanhes como a Veuve Clicquot, uísque Blue Label, vinhos, além de doces e iguarias importadas.
João Santana conta que o segredo de manter a longevidade da marca é oferecer produtos de qualidade em todos os modelos de cestas. Algumas marcas estão em todas as cestas, da mais compacta a mais completa. “A marca de azeitonas é a mesma da cesta de 49 ou do baú de 5 mil”.
Fim de ano no galpão de produção da São Cristóvão: Cestas são tradição de presente das empresas
Perguntado sobre quais produtos não podem faltar numa cesta natalina: “Azeitonas, panetone, uvas-passas e queijo do reino”, lista. Produtos potiguares de qualidade também agregam valor. Castanhas de caju e balas da Sam’s, por exemplo. “O que eu puder valorizar do Rio Grande do Norte eu coloco na minha cesta”, diz. Chocolates e biscoitos também devem ser selecionados. “Eu ouço muito o meu cliente. Se sugere que o item da cesta não é gostoso, eu substituo no ano seguinte”, diz.
Bebidas importadas recheiam os baús mais sofisticados
Já a relação dos clientes com o ato de presentear com cesta natalina é curioso e especial. “Tem um cliente que veio aqui deitado em uma cama de UTI e apesar da saúde muito frágil, mostrava ao enfermeiro os produtos para incluir nas cestas”, conta Santana. “Tenho outro cliente que há 40 anos compra uma única certa para dar de presente ao seu barbeiro. Isso é muito carinho”, se emociona.O empresário diz que suas cestas atendem a todos os bolsos e gostos: “Aqui vem comprar um cliente de ônibus ou com motorista em carro de luxo”, conta.
Hoje, a Cestas de Natal São Cristóvão já está na terceira geração. A tradição se mantém como antes: “Aqui tudo é cuidadosamente embalado com carinho e todos participam inclusive eu e minha esposa”, conta Joãozinho, como é conhecido o empresário também amante da música. “Eu não vendo cestas, vendo é emoção.”
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