Lançamento do edital Poti-Cultural no Partage Norte Shopping, foi prestigiado por classe cultural
Agenda Cultural
Evento exibiu cinco filmes contemplados no edital do ano passado. Este ano, o setor também ganhou edital próprio - Fomento Audiovisual
16 de março de 2022
Cinthia Lopes
Prestigiado por muitos profissionais do audiovisual e outros setores da economia criativa, o lançamento do edital Poti Cultural 2022 da Fecomércio e Sesc-RN aconteceu nesta quarta-feira às 10h, com uma mostra de filmes numa das salas do Cinépolis Partage Norte Shopping. A ocasião marcou o início das exibições dos curtas-metragens selecionados pelo Poti-Cultural do ano passado. Além da classe cultural, a solenidade contou com a presença de técnicos da instituição e representantes do Governo do Estado e da Prefeitura de Natal.
Este ano a instituição investirá R $507,8 mil em seis editais que o leitor pode acessar aqui. O primeiro edital é o Poti-Cultural, nas categorias Fomento Audiovisual e Pluralidade das Artes, somando R $237.880,00. A Galeria de Exposições, volta com R $140.450,00 garantidos para subsidiar os trabalhos expostos, bem como a contratação de mediadores, intervenção urbana e elaboração de um acervo fotográfico digital. Estão previstas três exposições nesta temporada. As ações do Sistema Fecomércio em cultura continuam, com previsão do retorno de iniciativas na capital e interior do estado. A revitalização dos grafites no muro do Sesc Cidade Alta, o Bibliosesc e a Aldeia Sesc Seridó irão ocorrer ao longo do ano.
Segundo o presidente da Fecomércio, Marcelo Queiroz, o Poti-Cultural nasceu em 2020 como auxílio emergencial diante da pandemia, mas foi transformado em uma das principais ferramentas de fomento. “Ano passado tivemos 120 propostas selecionadas, por isso resolvemos inserir na grade de projetos para este ano", comentou. Queiroz disse ainda que o edital é uma forma de “fortalecermos nossa identidade, as raízes e a história'. Os artistas são os grandes protagonistas nessa batalha diária e a Fecomércio quer fazer parte desse incentivo”.
FILMES
A sessão foi animada por pipocas e aplausos para os cinco filmes entre documentários e ficções que trouxeram diferentes olhares sobre infância, cultura popular, inclusão, minoria étnica, fluxo migratório e memória. A maioria estava representada por diretores, roteiristas, técnicos e elenco. Os curtas exibidos na sessão são criações de roteiristas de Natal, Caicó, Mossoró e Parnamirim que apostaram no recorte proposto pelo Sesc. Foram exibidos “Lia Ficou Sozinha em Casa”, de Paula Pardillos, que aborda com delicadeza a questão da perda e da memória de uma criança por sua avó.
“Warao: Tecendo Diálogos de Igualdade”, de Fábio Oliveira, trouxe para o público um tema ainda não explorado sobre a situação de indígenas da etnia Warao que estão se refugiando no Brasil, principalmente no Nordeste, vindos do delta do rio Orinoco, na Venezuela, em busca de melhores condições de vida. Muitos já vivem aqui em Natal e arredores. Outras histórias interessantes como “Dona Dadi, A Calungueira do Sertão”, da Trapiá Filmes; “Eu, Youtuber”, de Rodrigo Sena e Manoel Batista; “Saudades”, de Marília Gurgel e “A Pizza”, de Fábio DeSilva.
Este ano, o cinema volta a ganhar incentivos e o Sesc propõe os seguintes eixos temáticos para nortear os roteiristas: Efeitos da Pandemia; Patrimônio Cultural Imaterial no Rio Grande do Norte; Legados da Cultura Popular Potiguar para a infância e Juventude, e temáticas de livre escolha universais.
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