De reunião de amigos a boteco: Confraria do Lourival.
Colunas
Rubacão, versão baiana do baião de dois, caldo de fava e costela, além do camarão empanado, atraem a clientela no boteco das Quintas
02 de julho de 2022
Cefas Carvalho
Sabe aquele bar de bairro, de frente para residências, que funciona como restaurante além de bar e ainda mais como ponto de encontro dos amigos da rua e imediações? É exatamente esse o perfil da Confraria do Lourival, que como o próprio nome indica, foi criado e formatado para ser frequentado por gente que habita o bairro das Quintas e, por extensão convidados que apreciarão muito mais o local se forem com alguém "iniciado". Foi o meu caso, levado que fui pelo amigo de adolescência Carlos Eduardo Amorim, o que me possibilitou viver a experiência de participar das confrarias de velhos amigos e bater papo com o próprio e lendário Lourival e com seu filho Júnior.
Paraibano de Campina Grande, Lourival Araújo Cavalcanti migrou para Natal em 1983, quando gerenciou gerenciou uma loja da rede Pão de Açúcar para anos depois montar o Mercadinho Mini Box Nossa Senhora Aparecida, que aos poucos, aproveitando tanto o tino comercial de Lourival como seu talento na cozinha, se transformar em bar e restaurante e ganhar a cara que tem hoje. Que, aliás, remete ao passado. Quadros e fotos emolduradas na parede, rádios antigos, decoração de bodega mesmo, conferindo um charme especial ao ambiente. Outro charme é seu Lourival de mesa em mesa batendo papo e dando atenção aos clientes, como nas cantinas italianas que eu frequentava em São Paulo nos anos 1990 e que fizeram a minha cabeça.
O colunista com Lourival
Mas boteco para além do charme tem que ter cardápio e esse é um dos trunfos de Lourival. Vasto e com opções do regional aos petiscos de barzinho, o cardápio da confraria tem petiscos tradicionais como carne de sol com fritas ou macaxeira, Costelinha suína, Paçoca de carne de sol e pratos mais diferenciados, com Filé de mocotó e o Rubacão, versão baiana do baião de dois, porém mais cremosa e que faz sucesso na casa. Tem ainda Camarão empanado ou no alho e óleo e caldos que fazem sucesso como o de Fava e o de Costela.
Como bom boteco de bairro, o local guarda surpresas. No meio de papos animados nas mesas, Lourival traz um prato de Carneiro com feijão verde afarofado, prato que nem estava no cardápio e que fez sucesso, claro. Pedi ainda Bolinho de carne de sol, dos melhores que já comi, 100% de carne, sem um grão de farinha para engrossar e com a carne temperadíssima. Nota dez. O Bolinho de bacalhau da casa é famoso e, me disseram, tem mais a ver com os bolinhos cariocas do que com aquelas bolinhas congeladas que se come em Natal por preços muitas vezes exorbitantes, enfim.
Carneiro torrado com feijoão verde e farofa
Os preços do cardápio todos evidentemente justos. A Paçoca sai por 24 reais, as porções de bolinhos variam entre 20 e 25 reais. No cardápio tem uma porção de Torresmo a 15 reais que acabei não comendo e que já povoa meus sonhos. O caldo de sururu a 12 reais também está entre as metas para quando eu voltar, que será breve. Ah, o local também tem pratos executivos para almoço e janta a 20 reais e quentinha por módicos 17 pilas. Lourival oferece vasta opção de cervejas, quando fui, bebemos Voller a preço justíssimo e tem cachaças de qualidade e artesanais lá no balcão. Para ir várias vezes.
FIQUE LIGADO
Endereço: Rua Marcos Cavalcante, 89, Quintas, Natal
Funciona das 12h até às 23h.
Tel.: 99688-2868
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