De mortuis nihil nisi bonum: A história do cemitério do Alecrim

Por Augusto Lula

Penso que é um primeiro olhar sobre o primeiro Cemitério público de Natal, no bairro do Alecrim.

No Cemitério do Alecrim, Chão Sagrado do Sono Eterno, estão nossos antepassados, anônimos ou não anônimos.

Chão Sagrado de contemporâneos do passado no nosso futuro Sono Eterno.

“Estão vivos os Mortos alheios ao nosso interesse ou curiosidade. Havendo uma alma para cada corpo, esta, no nível eterno, manterá a figura material que a alojou na Terra. Doutra maneira não se faria reconhecer nas aparições. Não posso compreender o puro espirito sem contorno definido, insusceptível de ser entendido pela minha percepção, limitada aos órgãos ou as relações comparativas, conservadas na memória.” (Câmara Cascudo).

No Chão Sagrado do Sono Eterno moram os que ficam ou ficaram na nossa memória e na memória da urbe.

O livro Cemitério do Alecrim e o filme doc. O Lugar do Sono Eterno, começa a trazer do passado nem tão longe assim, para a superfície do hoje o ontem esquecido.

Escutai nos olhos meus queridos e amados: κοιμητήριον coemeterium cemitério, Patrimônio Material e Imaterial. Material por causa de sua arquitetura e Imaterial por causa dos que nele vivem eternamente.

Augusto Lula.

Hamlet. Shakespeare. Tradução Barbara Heliodora.

“Nada mais; e dizer que pelo sono

Findam-se as dores, como os mil abalos

Inerentes à carne – é a conclusão

Que devemos buscar. Morrer – dormir;

Dormir, talvez sonhar – eis o problema.”

Lançamento do livro organizado por Abimael Silva e Danielle Brito e do curta dirigido por Augusto Lula será quinta-feira as 18H na Funcarte.

Prefeitura do Natal. Programa Djalma Maranhão.

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