De volta aos palcos, Zé Lezin diz que “é como sair de uma grande toca”

Como a maioria dos profissionais do setor cultural, o humorista paraibano Nairon Barreto teve de interromper sua agenda de shows quando veio a pandemia da Covid-19. Mas seu personagem Zé Lezin não ficou por fora das coisas do interior, fonte de seus principais causos. Ao contrário, o artista atravessou todo o período de isolamento em seu sítio no município de Bananeiras, região serrana da Paraíba.

“Tenho um sitiozinho no interior da e fiquei por lá recluso, foi meu passatempo. Também gravei alguns comerciais e alguns textos. Agora, parece que estamos todos saindo de uma grande toca”, disse o humorista de 35 anos de carreira, que volta aos palcos na reabertura do Teatro Riachuelo. A curta temporada será nos dias 02 e 03 de julho, 19h,  com seu novo show “As Férias do Matuto”. A capacidade do Teatro foi reduzida para 50%, dentro dos protocolos sanitários dos decretos vigentes. A produção é da Agenda Propaganda. 

Vale lembrar que os seguidores deste portal nas redes sociais podem concorrer a um par de ingressos para esta sexta-feira, 19h. Basta seguir o @portaltipicolocal e marcar dois amigos.

O show reunirá as melhores piadas e causos de sua longa caminhada de sucesso, assim como as histórias que colheu durante a pandemia, trazendo os temas da atualidade com leveza e humor. “Fiz questão de estar em Natal com essa nova turnê porque sempre fui muito bem recebido”. Nairon/Zé conversou por telefone com o TL sobre o show.

Confira o bate-papo:

1- Nessas longas férias forçadas de Zé Lezin, o que você, Nairon Barreto, viu de mais interessante para alimentar as pessoas com alguma dose de alegria?

Nesse tempo de pandemia as redes sociais estavam nutridas, a gente viu uma politicagem em relação a pandemia muito forte, muita coisa engraçada também, um respiro, muita gente se expondo. E você como blogueira sabe que nessa época ficou todo mundo largado, a única fonte que se tinha pra para encontrar as pessoas eram as redes sociais. Eu não sou diferente, procurei coisas engraçadas e também procurei descartar coisas que não somavam. Agora voltando ao teatro mesmo com carga reduzida, a gente se anima em saber que muito breve veremos os teatros e as casas de portas abertas. Por que o segundo maior mal dessa Covid, o primeiro foram as mortes, é a cabeça das pessoas. Muita gente sofreu.

2-Quais temas entram na pauta, Isolamento, pandemia, desemprego e política ?

Uma das boas histórias que podemos levantar é sugerir como as pessoas estão indo para rua, o comportamento delas após esse retorno das atividades. É como se saísse de uma grande toca. Então meu trabalho será de contar essas histórias para alegrar as pessoas, descontrair para que esqueça um pouco esses momentos difíceis. Vamos falar de tudo um pouco, pandemia, política. Trazer uma vestimenta do interior, o que as pessoas falaram sobre remédios. São historinhas pra alegrar esse tempo escuro que graça a deus parece que está clareando. 

3-Com os shows cancelados, o que deu para fazer neste período de isolamento?

O cancelamento de shows sobrou pra todo mundo, não só os artistas. Eu fiquei um pouco recluso na serra da Paraíba, em Bananeiras e isso foi meu passa tempo algumas gravações de comerciais e gravações de textos. Graças a Deus, entre mortos e feridos, aqui em casa escaparam todos.