Zezo trabalhou com principais nomes do teatro e dança. Marcou a carreira com o teatro de revista
Reportagens
Uma das figuras emblemáticas do teatro de revista natalense ganha homenagem do ator Wecsley Mariano no doc "Zezo - Uma pessoa Simples, Meu Bem!"
30 de março de 2021
‘Bom dia, meu bem!’ A saudação matinal do bailarino, ator e figurinista Zezo Silva é uma das lembranças mais carinhosas dos amigos que conviveram com ele. Para o ator Wecsley Mariano, era o gás que faltava para começar bem o dia. Uma alegria gentil que foi brutalmente silenciada no dia 5 de outubro de 2018, quando o artista de 62 anos foi assassinado em sua própria casa. O assassino foi preso na época, e o crime qualificado como de homofobia.
Sua arte de criar peças bonitas com miçangas, linhas e agulhas era só a ponta do talento. Zezo deixa um legado do pioneirismo na dança e no teatro de revista. Para reunir toda a história do menino de Feira de Santana batizado José Raimundo da Silva, Wecsley Mariano produziu o documentário “Zezo - Uma Pessoa Simples, Meu bem!”. O curta foi lançado no dia 27 de março para celebrar o Dia Mundial do Teatro, mas está disponível no Youtube.
Segundo o diretor, é um recorte de tudo o que ele realizou, junto às memórias de amigos que relembram momentos ímpares da vida do artista. A irmã Ray Silva, os atores Clenor Junior, João Antonio Vale, o coreógrafo Dimas Carlos, Miriam Lima.
“Zezo é referência no transformismo e figura marcante no teatro e na cena cultural do RN. Além dessas lembranças o documentário traz cenas shows e um pouco para vida, esse artista que nos deixou de forma tão violenta”, explicou o Wecsley. “Falam que Natal é uma cidade sem memória, sem apego aos seus personagens históricos e sem amor próprio. Quis mostrar que para mim isso não é verdade”, disse o diretor sobre sua primeira aventura audiovisual.
Zezo trabalhou ao lado de ícones dos palcos potiguares, como o diretor Jesiel Figueiredo e o coreógrafo e bailarino Roosevelt Pimenta. O artista usava da experiência para montar espetáculos revigorantes e divertidos, a exemplo de “Cabaret”, que volta e meia abria temporadas no Teatro Alberto Maranhão e TCP.
Na época da morte de Zezo, Wecsley estava justamente nessa proximidade por conta de uma série de trabalhos que estava fazendo. “Reuni este material com outros que já vinha pesquisando e pensando no futuro transformá-lo em um registro cinematográfico”, lembra.
O documentário conta com recursos da Lei Aldir Blanc de Natal , via Prefeitura e Governo Federal. “A cidade receberá não apenas um documento importante sobre uma das figuras mais emblemáticas da noite natalense, mas de um ser humano que quem teve o luxo de conviver, teve a chance de aprender como fazer da vida algo de muito melhor. E olhe que ele era uma pessoa simples, meu bem!”
Confira: https://www.youtube.com/watch?v=_NP15deuHRM
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