Projeto gráfico de "A Nuvem Púrpura" está disponível para os leitores no Catarse

Agenda Cultural

Editora potiguar CJA lança obra de ficção científica inédita no Brasil

"The Purple Cloud", do autor inglês M. P. Shiel, terá tradução de Alcebíades Diniz e ilustração do macauense Jadson Pereira

24 de setembro de 2020

A editora potiguar CJA está alçando vôos mais altos. Vai lançar um clássico da literatura de ficção científica e terror escrito há mais de cem anos, porém na lista dos livros bem avaliados do gênero. Trata-se do romance “A Nuvem Púrpura” (The Purple Cloud  ), do autor inglês M. P. Shiel, ainda inédito no Brasil.

Publicado pela primeira vez em 1901, o romance aborda um mundo pós-apocalíptico impactado pela agressão à natureza. A obra impressiona leitores de várias gerações e recebeu comentários elogiosos de H.P. Lovecraft, H. G. Wells, Jorge Luis Borges e Stephen King. 

A edição inédita pela CJA contará com tradução de Alcebíades Diniz, especialista em narrativas, criação de histórias e registro de universos fantásticos no papel.. "A Nuvem Púrpura" também terá arte e capa elaboradas por Jádson S. Pereira, designer, arquiteto, urbanista e quadrinista natural de Macau/RN. 

A história é centada em Adam Jeffson, membro de uma expedição ártica que se perde ao regressar a um mundo devastado por uma estranha nuvem púrpura. Solitário, ele é o único sobrevivente desse desastre cataclísmico inteiramente relacionado com as intervenções humanas na natureza. 

“É algo que não podemos deixar de ler, principalmente nos dias de hoje.Essa catástrofe vai provocar reflexões filosóficas e teológicas em um crescente misto de curiosidade e expectativa fascinantemente perturbadora à medida que exploramos o novo e desolado mundo junto com Adam Jeffson”, comentou o fundador da CJA, Cleudivan Jânio. 

Esta será também a primeira publicação da editora apresentada a partir da plataforma de financiamento coletivo Catarse. Para isso, a CJA pretende oferecer em suas recompensas, para quem apoiar o projeto, além de marcadores de páginas, postais exclusivos, pôster e E-book. "É algo inédito para os amantes de uma grande obra artística: Livros personalizados com uma frase ao gosto dos apoiadores e ainda livros em série limitada numerados um a um, tornando a edição mais especial aos colecionadores", comentou.

O tradutor convidado Alcebíades Diniz é professor, tradutor, pesquisador, escritor e Bacharel em linguística pela Universidade de São Paulo (USP). Realizou mestrado, doutorado e pós-doutorado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), vivenciando estágios de pesquisa na Brunel University e British Library (ambas em Londres) além da Fundação Biblioteca Nacional. Realizou traduções para as editoras Sol Negro, Carambaia, Sebo Clepsidra, Diário Macabro e Perspectiva, de autores como H. G. Wells, Dolfi Trost, Nathanael West e Thomas de Quincey. Sobre o livro, ele afirma ser "uma obra vibrante e extremamente original, que nos faz pensar realmente a respeito das possibilidades apocalípticas da humanidade que estão sendo seguidas velozmente na contemporaneidade."

Desde 2012, a editora CJA já colocou no mercado editorial mais de 200 obras. Sediada em Natal no Rio Grande do Norte a empresa tem como editor responsável Cleudivan Jânio, formado em Pedagogia e pós-graduando em Book Publishing pela LabPub e encara a aventura de colocar no mundo brasileiro essa instigante e ainda atual obra literária.“O financiamento coletivo foi a forma encontrada para arrecadar fundos para elaboração dessa maravilhosa proposta. Uma maneira de pensar coletivamente a elaboração e o fascínio que só um livro é capaz de despertar”, comentou.

Sobre o autor

Matthew Phipps Shiel (1865-1947) foi um prolífico escritor britânico e um dos maiores expoentes da literatura fantástica. Nascido na ilha de Montserrat, nas Índias Ocidentais, mudou-se para a Inglaterra em 1885, onde trabalhou como professor e tradutor antes de escrever histórias, publicadas pelo The Strand e outras revistas. Em seus primeiros trabalhos, Prince Zaleski (1895) e Shapes in the Fire (1896), há uma clara influência de Edgar Allan Poe, e em trabalhos posteriores, como em The Yellow Danger (1898), reminiscências de HG. Wells e Jack London. Em nosso país, a melhor amostra de sua breve narrativa é encontrada apenas no volume antológico A Mulher de Huguenin (Kingdom of Round, 2000). A Nuvem Púrpura, ainda inédita no Brasil, foi escrita como um livreto em 1901 e publicada em seis etapas pela The Royal Magazine em Londres, chamando a atenção do mundo literário inglês.
 

Para participar acesse

https://www.catarse.me/a_nuvem_purpura_d622