Em clima de irmandade, Retrovisor sobe ao palco do MADA pela primeira vez

Cinthia Lopes

Cinco artistas natalenses experimentam há mais de uma década uma espécie de irmandade cujo elemento que os une é a música autoral.  Com o projeto Retrovisor, Khrystal Saraiva, Simona Talma, Valéria Oliveira, Ângela Castro e Luiz Gadelha lançaram diversas músicas em parceria que hoje integram o repertório tanto do projeto como da trilha das suas carreiras individuais. Nesse sentido de manter imutável o elemento de compor em conjunto, o Retrovisor nunca deu uma pausa. É o que diz Khrystal Saraiva nesse papo com o Típico Local: “Nsso trabalho essencial - que é de composição - nunca parou”, disse.

A conversa fluiu para o novo show que o Retrovisor fará em sua estreia no Festival Mada 2022. O quinteto se apresenta na sexta-feira, dia 23, antes do show de Josyara, em um dos palcos principais do festival na Arena das Dunas. Na ocasião eles lançam o EP “Pra onde Vai a Música?” (Pólen Aceleradora) quando mais uma vez apresentam ao público temas inéditos. 

Vocês foram convidados para tocar na volta presencial do Festival MADA. Como será esse momento? 

Estamos animados para esse show, nossa primeira vez no Mada e lançando nosso primeiro EP que se chama “pra onde vai a música?” com três temas inéditos. o single “mordaz” está nas plataformas de música e nesse show estaremos com uma banda linda executando esses novos temas e visitando nossas gravações mais antigas, acredito que será um belo momento. 

O Retrovisor segue na mesma formação? o show do Mada terá outros convidados?

Nossa formação nunca mudou, de modo que Valéria, Ângela, Simona, Luiz e eu continuamos ligados ao trabalho de composição. Se reparar bem, todos os nossos trabalhos individuais têm colaborações de alguns de nós, esse trabalho nunca parou. Para o show do MADA, teremos uma banda base formada pelos antigos parceiros Ricardo Baya na guitarra, Paulo de Oliveira no baixo e Darlan Marley na bateria. 

O Retrovisor fez história por reunir um seleto grupo de cantores/compositores que passaram a criar novas composições e dialogar com outras vertentes da poesia e música. Pensam em retomar o projeto, quem sabe gravar um novo trabalho?

Engraçado que não vejo como um projeto parado que precisa ser retomado. Nosso trabalho essencial - que é de composição - nunca parou. Durante o período mais duro da pandemia, a Pólen Aceleradora, na pessoa de Camila Pedrassoli, nos convidou para lançarmos um EP e nos juntamos para compor para esse trabalho, além de todas as colaborações que existem nos trabalhos individuais e apresentações pontuais ao vivo. Teve festival Burburinho, teve Dosol.. pra mim, a gente nunca parou. 

Num exercício de memória, qual era o cenário cultural da cidade quando criaram o Retrovisor. Foi pensando em algo específico, como o Carnaval?

Na época, a gente observava um separatismo muito grande da classe artística. Compositores, cantores, tudo muito setorizado. As composições também eram sempre as mesmas. A gente sentia vontade de falar de mais coisas, explorar sonoridades outras, de um jeito mais relaxado, daí começamos a compor e a produzir os shows individuais de cada retrô. Íamos pra bilheteria, cuidávamos dos ensaios, dos colaboradores.. era uma farra. O que tínhamos como desejo mesmo, era compor juntos e construir nossas próprias narrativas e conseguimos.

Confira a programação do Festival MADA

SEXTA 23/09

V MOTTA FEAT A.V.S E FERNANDA AZEVEDO 

CAZASUJA FEAT AMEN ORE

PROJETO RETROVISOR

JOSYARA

TERNO REI 

POTIGUARA

LETRUX

EMICIDA

GLORIA GROOVE

DJONGA

After 

JANVITA b2b ELISA BACCHE 

PAJUX b2b IGUIA T 

SABADO 24/09

FABIANO NASI 

UMA SENHORA LIMONADA

FORTUNATO E OS JOVENS DE ONTEM convida FREVO DO XICO 

BOOGARINS

AFROCIDADE 

DON L 

MARINA SENA 

MAYRA ANDRADE 

BAIANA SYSTEM 

LUISA E OS ALQUIMISTAS 

LINN DA QUEBRADA 

After 

DK e convidados