Mônica e suas imagens impressas em canvas, emolduradas em madeira e cetim. foto: Valéria Oliveira
É Típico!
Exposição registra o dia a dia de artesãs bordadeiras da comunidade do Reduto, em São Miguel do Gostoso
18 de fevereiro de 2021
A exposição fotográfica Faces do Reduto, narrativa imagética nascida a partir do documentário de Mônica Macdowell, não será mais aberta neste sábado na Casa da Ribeira. Em atenção às recomendações do Comitê Científico do RN, o acesso à exposição será feito apenas mediante agendamento, de segunda à sexta-feira, através do número de WhatsApp (84) 98704 0265. O ensaio é composto pela seleção de 30 fotografias capturadas por Mônica na ocasião da pré-produção do seu curta-metragem “Rosa de Aroeira”, filme documentário que retrata as histórias de algumas mulheres criadoras da Comunidade do Reduto, em São Miguel do Gostoso (RN).
A mostra irá acontecer dentro da celebração de 20 anos da Casa da Ribeira: “No dia 20 nós abrimos oficialmente as comemorações dos 20 anos da Casa da Ribeira, com público presencial restrito de acordo com os decretos estadual e municipal. Exibiremos o documentário “20 anos de um Sonho” e recebemos o público com a exposição “Faces do Reduto”, que nos faz lembrar do valor maior de nossa Cultura que está na arte originária descendente dos antepassados e se mantendo resistente até os dias atuais”, destaca Henrique Fontes.
A arte das labirinteiras do Reduto está presente na concepção da exposição. foto: Mônica Macdowell
As imagens foram impressas em canvas, bordeadas por cercaduras de madeira e decoradas por cetins policromos que circundam delicadamente as fotografias produzidas por Mônica e os desenhos tramados em linho branco pelas mãos artesãs das labirinteiras do Reduto potiguar. O ponto de vista das fotografias concebidas transcreve de forma inspiradora e perceptual o dia a dia destas mulheres litorâneas e traslada de modo sensorial a paisagem agreste e a vida das suas personagens.
A exemplo da fotografia o labirinto também é um trabalho manual voltado para a laboração artística e para o registro da vida cotidiana. Historicamente as labirinteiras depositam na criação dos seus artesanatos um pouco do seu contexto e das suas histórias de vida por meio dos desenhos no tecido. As mesmas essências artísticas, inventivas e fecundas, estão presentes na Exposição Faces do Reduto que revelou - por meio da poesia e da textura impressas nas fotográficas - os múltiplos sentidos e as inúmeras semioses acerca da identidade criativa e produtiva das mulheres da Comunidade do Reduto.
Fonte: Release
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