Cefas é jornalista cultural, e mantém a coluna Comida de Bar neste Típico |Foto: Enthony Delafuente
Agenda Cultural
Sismos" é uma compilação de 45 poemas escritos ao longo de dez anos. A obra sai pela Editora Urutau
09 de novembro de 2022
Da Redação
"Entre bordados, fardos, rochedos, azulejos, o poeta tece e destece sua tapeçaria e nos apresenta um livro sem ardência nem dor, mas com uma árida e cálida força (...) uma poesia que dói com pouco sangue, mas lateja e fere como treva". Assim a poeta e professora potiguar Iracema Macedo descreve no texto da orelha, a produção poética de Cefas Carvalho, escritor e jornalista, que lança nesta quinta-feira (10) na Livraria Manimbu, o livro "Sismos", pela Editora Urutau, uma compilação de 45 poemas escritos ao longo de dez anos.
Trata-se do décimo-segundo livro publicado por Cefas, que anteriormente lançou obras em diversos gêneros (romance, conto, crônica e jornalismo cultural). "Algumas poesias participaram de concursos literários, outras foram publicadas em redes sociais e muitas são inéditas, formando um mosaico da minha produção ao longo dos anos, mas com um conceito que evidencia alguns temas que cultivo, como o pessimismo, uma visão pragmática da vida, o chão e o erotismo por um viés de amargura", explica o autor.
Entre as poesias, algumas conhecidas dos leitores do gênero, como "Peso", que venceu o concurso Luís Carlos Guimarães, da Fundação José Augusto, em 2017, e "Enólogo", vencedor do Concurso Nacional de Poesia Cataratas, de Foz de Iguaçu, em 2017. O próprio "Sismos" foi publicado através de seleção em edital da Editora paulista-portuguesa Urutau. O livro tem edição de Debora Ribeiro Rendelli, projeto gráfico de Wladimir Vaz, coordenação gráfica de Tiago Fabris Rendelli e diagramação e capa de Victor H. Azevedo.
Cefas é jornalista cultural, e mantém a coluna Comida de Bar neste Típico Local, onde aborda de forma divertida e quase literária a gastronomia e a cultura de botecos e restaurantes históricos de Natal e região.
Confira uma das poesias do livro:
ENÓLOGO
de vinhos, sei do tanino
e da embriaguez
nada sei de sermões,
de leis, missais...
sei dos vãos abissais
das fendas nas rochas
das erosões e dos corais
de vinhos, sei das garrafas
que aprisionam devaneios
sei de umbrais
de obsessões
e de receios
nos entremeios,
pisoteio as uvas
e nada mais
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