O autor vê o cenário sob diferentes pensamentos e perspectivas

Colunas

Espíritos contemplativos

O que vi no Forte? Uma mistura de mar, seres aquáticos, o sol e céu refletindo nas ondas. Barcos com turistas arranhando o mar.

09 de julho de 2021

Por Abraão Gustavo

Pensando

Em uma tarde de domingo, fui ao Forte dos Reis Magos, para contemplar a paisagem e flanar por um dos cartões postais da cidade. O que vi? Uma das vistas mais espetaculares. Uma mistura de mar, seres aquáticos, voadores, o sol e céu refletindo nas ondas, que dançavam com os barcos. Crianças brincavam perto do arco da ponte próximo ao monumento. Barcos com turistas trafegavam arranhando o mar. Tudo isso conversando como uma sinfonia musical suas dissonâncias. Tudo aquilo me fazia refletir sobre os espíritos divinos e mundanos. Os transeuntes desse cenário estavam me dizendo muito a respeito da música que a cidade e suas transformações estavam dançando, tudo aquilo era um prato cheio para pintores, escritores e suas inspirações contemplativas...

Vagando

Em uma tarde de domingo, fui ao Forte dos Reis Magos para passear com amigos. O que vi? Um vendedor de água gritando. Um casal de gringos tirando fotos. Duas crianças fazendo dancinhas sincronizadas. Um casal se beijando. Uma criança correndo dos pais. Uma viatura da polícia no começo da ponte. Tudo aquilo me fazia refletir nos boletos que eu tinha para pagar. Na falta de comida. No gringo com sua carteira e celular à mostra. As pessoas desse cenário estavam me dizendo muito sobre a música que a cidade e suas transformações estavam dançando, tudo aquilo era um prato cheio para fotos boas para Instagram, youtubers, blogueiros e assaltantes de celulares.

No telefone

Em uma tarde de domingo, fui ao Forte dos Reis Magos para esquecer os problemas da semana e aproveitei para olhar paisagem. O que vi? Meu telefone tocou. Era minha mãe me chamando para almoçar na casa dela. Enquanto tentava ouvir o telefone, crianças gritavam perto do arco próximo à ponte. Vi barcos com turistas de tudo quanto era jeito. Tudo isso em uma zuada medonha. Tudo aquilo me atrapalhava ao falar no celular. As pessoas que passavam, passavam rindo e me atrapalhando.

– Alô! Mãe?