Curadoria convidada e valorização de obras do acervo da Pinacoteca
É Típico!
Mostra na Pinacoteca reúne nomes que marcaram a identidade visual norte-rio-grandense e abre espaço para resgate da memória cultural
26 de setembro de 2025
Um mergulho na memória estética do Rio Grande do Norte chega à Pinacoteca do Estado a partir desta sexta-feira (26). A exposição “Feito Potiguar: Identidade e Memória das Artes Visuais do RN” reúne 51 artistas já falecidos que moldaram a identidade visual potiguar, revelando obras inéditas e resgatando parte fundamental da história das artes no estado.
Vale lembrar que as artes visuais do Rio Grande do Norte tem uma relevância nacional e internacional, com obras de artistas que instigaram curadores, estudiosos e colecionadores, seja no campo do modernismo ou da arte Naif.
De Newton Navarro a Dorian Gray Caldas, de Maria do Santíssimo a Vatenor, passando por Xico Santeiro, Erasmo Xavier, Zaíra Caldas e Leopoldo Nelson, a mostra abre janelas para diferentes tempos e linguagens. Mais do que reverenciar os mestres, o projeto busca recolocar a arte potiguar em evidência, conectando gerações e reafirmando a importância do legado local no cenário nacional.
Idealizada pelo Sebrae-RN, em parceria com o Conselho Estadual de Cultura, a mostra tem curadoria do procurador e colecionador Manoel Onofre Neto e utiliza majoritariamente o acervo da própria Pinacoteca. Para Onofre, a iniciativa chega em um momento urgente:
“É fundamental tornar acessível ao público esse legado, permitindo que novas gerações conheçam e se apropriem da arte potiguar. Cada núcleo é uma janela para diferentes facetas do nosso imaginário, unindo passado e presente, tradição e inovação”, destaca o curador.
Além de revisitar mestres já consagrados, a mostra presta homenagem a dois nomes que partiram recentemente: Célia Albuquerque e Vatenor, o pintor que fez do caju um símbolo afetivo da cultura potiguar.
Entre as surpresas, estão uma tapeçaria monumental de Dorian Gray com quatro metros de extensão, nunca exibida antes, e obras de Joaquim Fabrício, pintor do século XIX que estudou na Academia Imperial de Belas Artes com apoio de D. Pedro II. Outro destaque é a obra “Galo Branco”, de Antônio Soares, reinterpretada pela artesã Dona Neném.
Obras inéditas e quatro núcleos temáticos
A exposição se organiza em quatro módulos que retratam a diversidade da experiência potiguar:
Poética Fundante – paisagens do litoral ao sertão, casarios históricos, trabalhadores e figuras populares;
Cascudo, as Tradições e o Folclore – festas populares, ritos de fé e devoção que marcam o cotidiano;
Natureza Viva – a exuberância da flora e fauna do RN, com destaque para o caju;
Feito Feminino – um tributo às mulheres artistas que desafiaram barreiras e marcaram a história das artes visuais.
Autoestima cultural
Para o superintendente do Sebrae-RN, Zeca Melo, a iniciativa reforça o espírito do projeto Feito Potiguar:
“A valorização da arte potiguar é uma forma de resgatar nossa autoestima e orgulho. Esta mostra reúne obras de quem construiu o percurso das artes no RN e reafirma o que temos de mais intrinsecamente nosso.”
A exposição poderá ser visitada até 30 de novembro, sempre com entrada gratuita, de acordo com os horários da Pinacoteca: de terça a sexta, das 8h às 16h, e nos fins de semana, das 9h às 16h.
SERVIÇO
Exposição “Feito Potiguar: Identidade e Memória das Artes Visuais do Rio Grande do Norte”
De 26 de setembro a 30 de novembro
Palácio da Cultura – Pinacoteca do Estado do RN (Praça Sete de Setembro, s/n, Cidade Alta, Natal)
Acesso gratuito
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