Novas edições trazem apresentações de Adriana Negreiros e Xico Sá
É Típico!
Romances abordam o sertão nordestino em período de conflitos e seca, dentro do chamado Ciclo do Cangaço
29 de novembro de 2022
José Lins do Rego deu início ao “Ciclo do Cangaço” em suas narrativas com Pedra Bonita em 1938 e terminou em 1953 com Cangaceiros. Os livros exploram um Nordeste marcado pela seca, misticismo e pelo movimento do cangaço.
A Global Editora, responsável por publicar títulos da cultura brasileira (incluindo obras de Câmara Cascudo) lança os dois romances com capas ilustradas por Mauricio Negro. Outra novidade são as apresentações de cada obra pelos premiados jornalistas e escritores Adriana Negreiros e Xico Sá.
Pedra Bonita é o começo da jornada do protagonista Antônio Bento, também conhecido como Bentinho, uma criança que, por causa da seca, é deixada pela mãe aos cuidados do tio, o padre Amâncio. Os dois vivem na Vila do Açu, que fica bem próxima a Pedra Bonita, lugar onde ele nasceu. Tentando passar um pouco dos seus ensinamentos para o sobrinho, Amâncio coloca Bentinho em um seminário, onde ele acaba sendo mal visto por causa do local do seu nascimento e o envolvimento do seu irmão no cangaço. Assim, Bentinho tem que decidir seguir os ensinamentos do seu tio e aguentar as implicâncias da vila, ou seguir os passos do irmão.
Cangaceiros, que é a continuação direta da história, tem algumas características parecidas. Além da trama com a mesma qualidade imersiva presente nas obras do autor, a história também é dividida em duas partes. Uma abordando o movimento do cangaço em si, pela visão de personagens icônicos como Aparício (o líder), Germano, Bem-te-vi e Beiço Lascado. E a outra mostrando como Bentinho é obrigado a cuidar da mãe mentalmente instável, acompanhar a jornada intensa dos seus irmãos (ambos envolvidos no cangaço) e como ele se apaixona sutilmente por Alice, um ponto fora da curva na sua vida caótica.
Assim como o “Ciclo da Cana-de-Açúcar” (formado pelas obras Menino de Engenho, Usina e Fogo Morto), no “Ciclo do Cangaço” José Lins do Rego mostra um conhecimento profundo pelas suas raízes nordestinas e reforça suas características marcantes: consciente, imersivo e complexo.
José Lins do Rego nasceu em três de junho de 1901, em Pilar, Paraíba, e faleceu em 12 de setembro de 1957, na cidade do Rio de Janeiro. Publicou em 1932 seu primeiro livro, Menino de Engenho, romance que foi seu passaporte de entrada para a história do moderno romance brasileiro. viveu grande parte de sua vida em Recife e no Rio de Janeiro.
O dia a dia e os costumes dessas cidades servem como panos de fundo para as suas obras. Em 1943, publicou Fogo Morto, livro considerado a sua obra-prima. Além de romancista, o escritor paraibano foi também contista, cronista, tradutor e jornalista, contribuiu ao longo de sua vida para vários periódicos brasileiros. Teve livros traduzidos para o inglês, francês, espanhol, alemão, italiano, dentre outras línguas. Em 1956, ano anterior ao de seu falecimento, tornou-se membro da Academia Brasileira de Letras.
Ficha Técnica:
Obra: Pedra Bonita
Autor: José Lins do Rego
Editora: Global Editora
Páginas: 320
Altura: 21 cm
Largura: 14 cm
ISBN: 978-65-5612-255-7
Preço sugerido: R$ 55,00
Obra: Cangaceiros
Autor: José Lins do Rego
Editora: Global Editora
Edição: 16a
Páginas: 384
Formato: 14 X 21 cm
ISBN: 978-65-5612-318-9
Preço sugerido: R$ 62,00
12 de abril de 2023
07 de abril de 2023
07 de abril de 2023
28 de junho de 2022
16 de junho de 2022
20 de fevereiro de 2022
20 de fevereiro de 2022
20 de fevereiro de 2022
04 de junho de 2023
15 de setembro de 2022