
Grupo Corpo usa a Piracema como metáfora da própria trajetória. Foto: Pederneiras
Agenda Cultural
Apresentação acontece nos dias 10 e 11 de outubro, no TAM. No programa, além do novo espetáculo, grupo recria Paralelo, com trilha de Tom Zé
30 de setembro de 2025
Nos dias 10 e 11 de outubro, o Teatro Alberto Maranhão recebe uma das companhias de dança mais prestigiadas do país: o Grupo Corpo, que celebra 50 anos de trajetória em 2025 com a estreia de seu mais novo balé, Piracema.
Do tupi, “pira” = peixe; “cema” = subir. O termo nomeia o movimento migratório de peixes que sobem os rios em busca da reprodução — metáfora escolhida pela companhia mineira para representar sua própria jornada: um caminho de criação, resistência e renovação.
Com trilha inédita de Clarice Assad, Piracema inaugura a parceria criativa entre Rodrigo Pederneiras e Cassi Abranches, agora também coreógrafa residente do grupo. O processo foi ousado: a companhia foi dividida em dois elencos de 11 bailarinos, cada qual ensaiado separadamente pelos coreógrafos, que só uniram suas visões meses depois.
O resultado é, nas palavras de Rodrigo, “uma terceira via” — uma obra intensa, desafiadora e marcada pela complementaridade entre o intimismo dele e a energia explosiva de Cassi.
Na trilha, Clarice Assad compôs três movimentos que transitam do tribal ao clássico e chegam ao eletrônico contemporâneo, em colaboração com o percussionista Keita Ogawa, a New Century Chamber Orchestra (São Francisco) e participações especiais como a do violonista Sérgio Assad, seu pai. “Foi uma maratona criativa, uma experiência transformadora”, afirma a compositora.
A cenografia de Paulo Pederneiras recobre o palco com 82 mil tampas de sardinha, evocando escamas e cardumes. Os figurinos são assinados pela dupla Alva (Marcelo Alvarenga e Susana Bastos), que estreia no universo da dança com trajes que exploram a tensão entre natureza e tecnologia.
O programa da noite também apresenta um clássico da companhia: Parabelo (1997), obra de inspiração sertaneja com trilha de Tom Zé e José Miguel Wisnik, considerada por Rodrigo Pederneiras a mais brasileira de suas criações.
Além da temporada em Natal, as celebrações dos 50 anos do Grupo Corpo incluem um documentário dirigido por Janaína Patrocínio e um livro com fotografias de José Luiz Pederneiras, publicado pela editora BEI.
Indubitável patrimônio cultural do Brasil, o Grupo Corpo soma 43 obras originais, apresentadas em 261 cidades de 41 países. Com uma linguagem que une brasilidade e sofisticação universal, tornou-se embaixador da dança contemporânea brasileira no mundo.
Realizado através do Instituto Cultural Corpo e Ministério da Cultura, o espetáculo é apresentado pelo Cemig e Petrobras, e conta ainda com patrocínio do Instituto Vale e da Vivo. Em Natal, a produção é da Agenda Propaganda - 40 Anos.
. Serviço
Grupo Corpo – Piracema + Parabelo
Teatro Alberto Maranhão – Natal
10 e 11 de outubro (sexta e sábado), às 20h
Ingressos: Sympla
R$ 200 (inteira) | R$ 100 (meia) | R$ 39,80 (social)
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