Casa de Cascudo abriga mais de mil peças de coletadas em viagens ou presentes de amigos
É Típico!
Um Retrato do Mestre Potiguar vai inventariar, registrar e divulgar o patrimônio cultural reunido ao longo da vida do pesquisador
07 de outubro de 2025
O Instituto Ludovicus – Casa de Câmara Cascudo deu início a um trabalho inédito de catalogação das coleções museológicas que integram o vasto acervo do intelectual potiguar Luís da Câmara Cascudo. O projeto, intitulado “Catálogo das Coleções Museológicas do Acervo Câmara Cascudo – Um Retrato do Mestre Potiguar”, tem como objetivo inventariar, registrar e divulgar o patrimônio cultural reunido ao longo da vida do pesquisador, resultando em um livro-catálogo impresso e digital.
Instalado na casa em que Cascudo viveu por cerca de 40 anos e produziu sua monumental obra, o Instituto Ludovicus, que atualmente tem a direção incansável da neta Daliana Cascudo, abriga hoje um dos acervos pessoais mais ricos do país, composto por milhares de itens que testemunham a amplitude de interesses do autor de História da Alimentação no Brasil.
Além da vasta biblioteca e documentação pessoal, o acervo museológico reúne dez coleções com quase mil peças que revelam um Cascudo colecionador aguçado e de bom gosto:: Etnografia africana, Etnografia indígena, Arte sacra católica, Arte popular brasileira, Arte popular estrangeira, Iconografia/pinacoteca, Mobiliário, Alfaias, Objetos pessoais e Comendas.
A proposta é realizar um levantamento completo dessas peças — incluindo higienização, medição, descrição com histórico e registro fotográfico — de modo a consolidar um inventário de referência para pesquisadores, instituições culturais e o público interessado em memória e patrimônio. “É o primeiro passo para apresentar um perfil inédito de Câmara Cascudo, revelando-o como colecionador e testemunha sensível da diversidade cultural brasileira”, destaca a diretora do instituto, que vem apresentando o projeto para gestores e patrocinadores.
Segundo o Instituto, o projeto permitirá que as coleções, formadas por aquisições, viagens de estudo e presentes de amigos, possam ser estudadas de forma sistemática e conectadas a redes de pesquisa nacionais e internacionais. A gestora Yanna Medeiros está coordenando o projeto junto com Daliana.
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