NAC aprova Política de Gestão de Acervo de Artes Visuais

Ao longo de quatro décadas, o Núcleo de Arte e Cultura da UFRN (NAC) recebe exposições artísticas que se destacam pela participação de curadorias e diversidade de linguagens. É um dos espaços mais qualificados de divulgação das artes visuais dentro da Universidade e para a comunidade externa. Para ir além do espaço expositivo, recentemente foi aprovada pelo Conselho do NAC a Política de Gestão de Acervo: um protocolo com orientações sobre aquisição, empréstimo e proteção de obras.

A Galeria Conviv’Art, localizada próxima à Biblioteca Central Zila Mamede (BCZM), recebe inúmeras exposições de artistas e, segundo a diretora do NAC, Teodora Alves, muitas vezes esses artistas possuem o desejo de doar algumas obras. “Dessa forma, as diretrizes asseguradas pelo Conselho contribuem, de forma legalizada, na realização dessas aquisições”, explicou.

Outro ponto é que após o incêndio no Museu Nacional do Rio de Janeiro, em 2018, onde diversas peças históricas foram perdidas, a pauta sobre a necessidade da proteção do patrimônio cultural do país tornou-se ainda mais debatida, além da busca por maneiras legais de aquisição e gerenciamento das obras artísticas.

A Política de Gestão do Acervo é um conjunto de princípios legais, normativos e éticos acerca da aquisição, descarte e gestão das artes visuais. Desse modo, embasa a elaboração de protocolos voltados à segurança, salvaguarda e uso do acervo institucional. Além do mais, esse documento aborda pontos como a origem da obra e a missão e valores do destinatário, por exemplo.

De acordo com Gildo Santos Jr., museólogo da UFRN, com a nova legislação o NAC poderá “aceitar, recusar ou até mesmo descartar determinadas aquisições, levando em consideração os critérios estabelecidos pela Política”. Também pode analisar os empréstimos das obras para as unidades da própria Universidade e localidades externas.

A nova política aprovada visa a assegurar o manejo das produções artísticas a partir de uma melhor comunicação, planejamento e resguardo. Dessa forma, proporciona aos colaboradores do NAC mais transparência no procedimento de avaliação das obras de arte.

“A existência de uma Política de Acervo aumenta a segurança nos processos de aquisição e descarte de acervos, permitindo um planejamento que faça com que o crescimento das coleções seja compatível com a capacidade institucional de preservar aquele patrimônio e promover seu uso social”, diz o museólogo.