Vista aérea do bairro da Ribeira / José Correia Torres Neto
Colunas
Algumas obras de engenharia no Rio Grande do Norte são resgatadas em várias publicações da área tecnológica que descrevem a sua importância
23 de agosto de 2020
José Correia Tores Neto | Mestre em Engenharia Mecânica e Editor de Publicações
A presença das obras de engenharia no Rio Grande do Norte, ou os fatos referentes a elas, está registrada e resgatada em várias publicações da área tecnológica. Em quatro livros, adormecidos em minhas estantes, encontro alguns trechos que descrevem a importância de vários elementos da engenharia potiguar ao lado de obras e fatos de destaque nacional e mundial.
Logo na página 9 do primeiro volume da segunda edição do História da Engenharia no Brasil – séculos XVI a XIX (Pedro Carlos da Silva Telles, Clube da Engenharia, Rio de Janeiro – Brasil, 1994, 754 p.), é estampada a fotografia do Forte do Reis Magos com a seguinte legenda: “Forte dos Reis Magos (Natal, RN) – Magnífica construção da engenharia militar colonial – Sécs. XVI e XVII (Arquivo do Instituto Brasileiro do Patrimônio Cultural – IBPC – Rio de Janeiro)”. No texto do livro, é apresentada a informação sobre os motivos que fizeram o corpo de engenheiros portugueses transferir, no início do Século XVII, a responsabilidade do projeto do Forte dos Reis Magos ao Padre Gaspar de Sampères.
No segundo volume do História da Engenharia no Brasil – século XX (Pedro Carlos da Silva Telles, Clube da Engenharia, Rio de Janeiro – Brasil, 1993, 754 p.), mais precisamente na página 619, é resgatado o nome de Augusto Severo de Albuquerque Maranhão no item que trata da Engenharia Aeronáutica, além de descrever tecnicamente o balão Pax e o seu fatídico destino.
O Forte dos Reis Magos volta a ser referenciado logo na página 12 do livro 500 Anos de Engenharia no Brasil (José Carlos T. B. Moraes, org., EDUSP, São Paulo – Brasil, 2005, 378 p.). Logo no primeiro capítulo, “Visão Global da Engenharia no Brasil desde o seu Descobrimento”, o Forte é descrito como “magnífico”, e apontado o militar Francisco Frias de Mesquita como construtor da edificação em 1614.
Na publicação Engenharia: história em construção (Heloisa Maria Murgel Starling e Lígia Beatriz de Paula Germano, org., Editora UFMG, Belo Horizonte – Brasil, 2012, 263 p.), o Forte dos Reis Magos aparece em duas imagens: a primeira, em uma fotografia colorida, e a segunda, em um documento cartográfico da época. Ambas referenciadas da publicação Arquitetura Militar: um panorama histórico a partir do Porto de Santos (Vitor Hugo Mori, Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, São Paulo – Brasil, 2003). O texto da página 48 da mesma publicação informa que o engenheiro militar português Francisco Frias de Mesquita “Durante 32 anos envolveu-se na construção de numerosas fortificações da colônia, como a Fortaleza das Lajes, em 1608, em Recife; a dos Reis Magos, em Natal, que foi mais tarde tomada e retratada pelos holandeses [...]”.
Evidentemente que o Forte dos Reis Magos juntamente com a biografia de Augusto Severo são, respectivamente, monumento e personalidade, relevantes constituintes da história e da cultura do Rio Grande do Norte, mas também existem tantos outros que ajudam a compor o considerável acervo material e imaterial do estado.
Não se é de deixar ao largo do esquecimento, mais especificamente aqui em Natal, o Grande Hotel, a Ponte de ferro de Igapó, o Pórtico Monumental, que tem a estrutura com maior balanço em concreto protendido do Brasil, as edificações da Ribeira, a bela arquitetura de Petrópolis e Tirol, as belíssimas igrejas espalhadas pelos bairros da cidade, entre outras edificações que ainda balbuciam a nossa história.
PARA NÃO CAIR NO ESQUECIMENTO:
“[...] a verdadeira origem do escritor: a infelicidade. A infelicidade produz literatura. [...] Os felizes vão à praia, namoram sem conflitos, assistem televisão, viajam com alegria, sofrem aqui e ali com parcimônia e compreensão, curtem as delicias da família, respeitam a realidade e os fatos – por que diabos iriam se trancar num quarto para escrever?” (TEZZA, Cristovão. Literatura à margem. Porto Alegre: Dublinense, 2018.).
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