Obras na Rua Chile? É o Projeto gastronômico Pra Tu RN

A Rua Chile, no bairro da Ribeira, é um local da cidade que viu surgir no final do Século XX várias casas noturnas e dois grandes festivais de música, além de ter recebido artistas nacionais e internacionais. O sumiço do público e das atividades culturais tornaram o espaço decadente apesar da beleza dos casarios coloniais. A relação afetiva de parte dos natalenses ajuda a manter a curiosidade viva e basta alguém levantar uma placa já vira notícia nas redes sociais. Em meio as lojas de pescados, o prédio da Edtam, os clubes de Remo e o barracão da Escola de Samba Balanço do Morro, eis que surge em frente ao Terminal Marítimo da Codern a reforma de um imóvel para implantação da futura Central de comercialização de produtos da reforma agrária em Natal, a Pra Tu RN.

O convênio para a obra foi firmado em 2020 entre o Instituto Federal de Educação (IFRN) e o Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra), como parte do projeto Produtos da Reforma Agrária para o Turismo (Pra Tu) do Ministério da Agricultura. A obra, entretanto, só foi iniciada recentemente, após a assinatura de ordem de serviço em junho deste ano, pelo atual presidente do Incra Geraldo Melo Filho.

O prédio localizado entre o antigo Blackout Bar e o Bar das Bandeiras, pertence ao próprio Incra. De acordo com informações disponíveis na placa em frente ao imóvel, o valor total da obra é de R $2.707,908,17. Assinam a execução do projeto os engenheiros Alexandre de Freitas e Arthur Kamel de Freitas.

Se a obra for concluída, vai virar lojinha de produtos oriundos dessas famílias assentadas, como queijos, mel, geleias, doces, castanha de caju, farinha, cachaça, verduras, frutas, hortaliças e peças de artesanato. Também consta no projeto uma lanchonete e um auditório. 

Segundo informações do portal do IFRN, o convênio foi realizado entre o Campus Natal-Central e conta com o apoio da Funcern, sob a coordenação dos professores Lúcia Lúcio (Coordenadora do Projeto), Melquíades Pereira (Gestão), Marli Tacconi (Processos e Logística), Marcos Aurélio (Finanças) e Carlos Guedes (Construção Civil).  É esperar que na transição entre um governo e outro o projeto não fique pelo caminho.