Lenilza Alves da Silva, conhecida como Lelé Alves, carrega mais de cinco décadas dedicada à música

É Típico!

Plenitude: a jornada de Lelé Alves pela New Age

Artista potiguar lança novo álbum instrumental nesta quinta-feira (2/10) no Youtube e plataformas digitais de música

30 de setembro de 2025

Poucas mulheres no Brasil se dedicam a desenvolver um trabalho duradouro na New Age, gênero marcado por atmosferas meditativas e contemplativas. A potiguar Lelé Alves consolidou sua identidade própria ao unir música instrumental com nuances de rock progressivo, à atmosfera do jazz e à prática da meditação.

A compositora e multi-instrumentista apresenta o álbum “Plenitude” ao público na próxima quinta-feira (2/10), Dia Internacional da Não-Violência, data de nascimento de Mahatma Gandhi. O lançamento ocorre nas plataformas digitais de música e no canal Mudernage no Youtube que terá também audiodescrição da capa executada pela Valoz Engenharia.

Gravado no estúdio Ícone-Mudernage, em Ponta Negra (Natal-RN), o álbum reúne dez composições autorais que transitam por paisagens meditativas e contemplativas. A foto da capa, assinada pelo jornalista e fotógrafo Flávio Rezende, traz a imagem de um pássaro em voo, símbolo da leveza e da harmonia que permeiam toda a obra. A obra conta também com a participação de Edimar Rocha (percussões) e Paolo Araújo (contrabaixo), além da coordenação e direção musical da própria artista.

Texturas etéreas

Em “Plenitude”, além de sua guitarra, a artista usa sintetizadores acoplados ao seu instrumento, produzindo sons eletrônicos e timbres tradicionais como flautas e oboés. Tal fusão resulta em texturas etéreas, elementos imaginários e atmosferas de introspecção, que convidam o ouvinte a uma experiência de calma e equilíbrio. Lelé Alves reafirma sua maturidade criativa e entrega uma obra que conecta música, imagem e espiritualidade em um convite à contemplação e ao encontro interior.

Influenciada pela filosofia oriental e por vivências espiritualistas na Índia, a artista fez da música um instrumento de autoconhecimento e equilíbrio, criando uma estética singular que a distingue no cenário musical.

“O álbum é uma fusão de atmosferas etéreas, rock progressivo e elementos jazzísticos. Cada faixa foi concebida para criar camadas de sensações. Não é música para dançar, mas para respirar, meditar e se reconectar consigo mesmo”, descreve Lelé.

A ARTISTA

Nascida em Natal (RN), no bairro do Alecrim, Lenilza Alves da Silva, conhecida artisticamente como Lelé Alves, carrega mais de cinco décadas dedicadas à música. Iniciou sua trajetória em 1979, com o espetáculo Estrela D’Alva, no Teatro Alberto Maranhão, e ganhou projeção nacional em 1982 ao chegar à final do Festival MPB Shell, realizado pela Rede Globo de televisão, no qual interpretou a canção Anjo de autoria de Enoch Domingos.
Sua carreira inclui estudos com mestres da música brasileira como Ian Guest, Almir Chediak e Joca Costa, colaboração em songbooks de grandes nomes da MPB e uma discografia autoral de oito discos (seis independentes e dois pela gravadora Polygram), que marca uma transição gradual da MPB para a sonoridade New Age.

PNAB

“Plenitude” foi contemplado e executado pelo Edital de Fomento à Música nº 12/2024 – PNAB-RN (Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura) e realizado pelo Governo do Rio Grande do Norte, por meio da Secretaria de Estado da Cultura e da Fundação José Augusto, com recursos do Governo Federal, via Ministério da Cultura e Sistema Nacional de Cultura.

FAIXAS

O repertório reúne 10 composições que transitam por paisagens sonoras meditativas, contemplativas e etéreas:

“Virtudes” – Guitarras ao som de sintetizadores com ecos do rock progressivo.

“Plenitude” – Canção minimalista com guitarra dedilhada e sintetizadores; expressa a sensação de estar pleno e completo. Originou e deu título ao álbum.

“Morro do Careca” – Homenagem ao cartão-postal potiguar; combina sintetizador, baixo, flauta e percussão, sugerindo o sobe e desce das dunas.

“Navegantes” – Sugere a travessia da vida como um ato de navegar, entre partidas e chegadas.

“Luau” – Inspirada nos encontros à beira-mar em Natal; mistura baixo, sintetizador e guitarra, relembrando o clima dos antigos luais.

“Passarada” – Uma das mais tranquilas do álbum; guitarra dedilhada e timbres de flauta que lembram o canto dos pássaros.

“Porto” – A mais ritmada e com leve suinge; simboliza o cais como lugar de espera e acolhimento.

“Oceano da Natureza (Movimento II)” – Parte de uma obra em três movimentos; clima etéreo e lento, sintetizador em reviravoltas sonoras que evocam o mar.

“Nuvem” – Música cíclica e meditativa; sintetizador e guitarra limpa evocam a passagem impermanente das nuvens.

“Atmosfera” – Harmonia em blocos com flautas andinas e leve percussão; cria uma sonoridade envolvente e circular.

SERVIÇO

O QUE: Lançamento do álbum “Plenitude”, de Lelé Alves

QUANDO: 2/10/2025

ONDE: No Youtube Canal Mudernage → https://youtu.be/Qu29fF5DuGU

Nas Plataformas de Música → http://tratore.ffm.to/lelealves

 

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