Artefato de cerâmica sinaliza lugar da comunidade localizada em Crurais Novos. Foto: Internet

Agenda Cultural

Presidente da AL pede melhorias para comunidade quilombola

Ezequiel Ferreira reforça necessidade de construção de escola e equipamento esportivo para Comunidade Negros do Riacho, em Currais Novos

23 de novembro de 2020

O deputado estadual, presidente da ALRN, Ezequiel Ferreira (PSDB), apresentou requerimentos na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte solicitando ao Governo do Estado a construção de uma escola estadual e uma quadra poliesportiva na Comunidade Quilombola Negros do Riacho, localizada na zona rural do município de Currais Novos.

Conforme o parlamentar, a comunidade Quilombola Negros do Riacho, que possui uma população de cerca de 300 cidadãos remanescentes do quilombo, não vive em boas condições. “A terra que lhes pertence é seca, inapropriada para o cultivo, a água salobra, além de não possuir posto de saúde, nem escola, configurando um cenário de extrema carência”, disse.

Ezequiel Ferreira apresenta a proposta para melhoria das condições de vida dos remanescentes quilombolas

“Acredita-se no estudo como uma geração de emprego e renda e, portanto, faz-se de suma importância a construção de uma escola estadual na referida localidade a fim de beneficiar os residentes na comunidade Quilombola Negros do Riacho, bem como comunidades vizinhas”, complementou Ezequiel Ferreira.

Sobre a quadra poliesportiva, falou o parlamentar que os jovens que moram na comunidade sofrem com a falta de um espaço adequado para a prática desportiva. “É de conhecimento social das vantagens proporcionadas pela prática de esportes, que, além de oferecer benefícios à saúde física e mental daquele que pratica atividade física, ainda afasta das drogas e de outros vícios que trazem prejuízo às famílias e à sociedade em geral.

A comunidade localiza-se à margem da rodovia BR-226, a 06 km de Currais Novos, na região do Seridó. Um grande artefato de cerâmica, em forma de panela, sinaliza a entrada do Sítio Bom Sucesso, no qual tiram sustento na confecção de louças e outros objetos de barro. São descendentes de Trajano Lopes da Silva, um ex-escravo que se “apossou” das terras do Riacho, passando a viver ali, com sua família. A comunidade recebeu em 2006 do Governo Federal por meio do departamento de Proteção do Patrimônio Afro-Brasileiro da FCP/MinC, a certidão de auto-reconhecimento como Comunidade Remanescente de Quilombo de Negros do Riacho.