Pretta Soul abriu caminho para o empoderamento de muitas mulheres no rap
Agenda Cultural
“Poder Preto” tem lançamento digital pelo Dosol e tiragem física viabilizados pela Lei Aldir Blanc Natal
30 de abril de 2021
O ano de 2021 marca os 30 anos de vida de Jéssica Mayara, conhecida artisticamente como a rapper Pretta Soul. Sua vida é dedicada a duas paixões, cantar rap e fazer tranças, trabalho que desenvolve desde os 14 anos com habilidade no dread make. O cd sempre foi um sonho que agora ela concretiza lançando-o em todas as plataformas digitais. "Poder Preto" é o seu primeiro trabalho solo, produzido com recursos da Lei Aldir Blanc Natal e vem com uma tiragem limitada de 200 cds no formato físico. O lançamento digital é realizado pelo selo DoSol, um dos mais ativos do Brasil.
Pretta gravou 10 composições autorais e reuniu um time de primeira. Participam do trabalho os músicos Jonathan Mysack (Guitarra), João Felipe Santiago (Baixo e Guitarra), Kleber Moreira (Percussão) e Laisla Cruz (Backing vocal). Os feats são por conta de Amém Ore em "Raízes", Tiquinha Rodrigues em "Nordeste" e Chico Bethoven em "Por Amor". A poética de Iyalê Oyá abre o disco em "Só Quero o Que é Meu” e a faixa título tem as participações da cantora Analuh Soares (backing) e do experiente DJ Alf nos scratchs. A última música vem com o sugestivo título “O Jogo Virou’’ mostrando que a rapper não tá de brincadeira porque na verdade nem tempo pra isso ela tem. Após o lançamento do CD, a artista inicia o processo de gravação de um novo clipe.
Pretta Soul é uma artista necessária na música do RN. Além de incentivar a participação de outras jovens mulheres no hip-hop, fortalece em seu dia a dia a luta contra o preconceito de raça, gênero, classe e religião. “Nas minhas letras e rimas tudo é inspirado na minha sobrevivência. Falo de conquistas, de não desistir’’. Em 2018, foi homenageada na Câmara dos Vereadores de Natal com a comenda Zumbi dos Palmares por toda a sua trajetória artística em defesa das Mulheres Negras. Em 2019, recebeu o Prêmio Hangar de Música na categoria Linguagens Urbanas e na edição de 2020 foi a escolhida pelo júri da premiação na categoria Vozes Negras. Lançou no mesmo ano um filme que conta a sua presença e vivência no hip-hop.
https://www.youtube.com/watch?v=Te79ah4Vozs
"Poder Preto" vem com toda a força de uma preta, mãe e periférica que através do hip-hop encontrou uma nova expectativa de vida e de transformação: “O rap me fez a mulher preta que sou.’ Wagner Bagão, o Dubalizer, que já trabalhou com grandes nomes da música rap e reggae nacional assina a mixagem, masterização e alguns dos beats. A produção musical é do técnico de gravação João Felipe Santiago e a produção executiva de Marcelo Veni e Pretta Soul.
O CD Poder Preto é um projeto contemplado e realizado através da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc / Natal-RN – Chamada Pública – Nº 004/2020 – EIXO 4 – Da Gestão, do Fomento e Financiamento. Via Prefeitura do Natal e Governo Federal.
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