Produtor Vlamir Cruz resgata gravações raras do rock potiguar dos anos 80 e 90 para as plataformas

Cinthia Lopes
O produtor e pesquisador natalense Vlamir Cruz está à frente de um trabalho de arqueologia musical que promete emocionar quem viveu – ou quer conhecer – a efervescente cena do rock potiguar das décadas de 1980 e 1990. Ele está recuperando gravações originais de bandas que marcaram época e que, até hoje, permanecem restritas a fitas K7, vinis independentes ou registros caseiros.

O projeto, batizado provisoriamente de “Botija Rio Grande”, vai reunir, em formato de coletânea, duas músicas de cada grupo participante, todas remasterizadas e preparadas para distribuição nas plataformas digitais. Entre os nomes confirmados estão Grupo Escolar, Cabeças Errantes, Florbela Espanca, Alcateia Maldita, Gato Lúdico, entre outros que ajudaram a moldar o som alternativo da cidade naquele período.

“Estamos recuperando gravações históricas para o projeto, com duas músicas de cada banda. A ideia é preservar a memória musical do Rio Grande do Norte e torná-la acessível às novas gerações”, afirmou o produtor ao Típico Local.

A iniciativa não para na coletânea. Vlamir adianta que, numa segunda etapa, cada banda terá seu material completo disponibilizado individualmente nas plataformas, ampliando o alcance de um legado cultural até então escondido em gavetas e estúdios.

Essa não é a primeira vez que o produtor se dedica ao resgate da música local. No projeto “Fora do Mapa”, já colocou no ar trabalhos das bandas Os Bonnies e Poetas Elétricos, dois nomes do rock natalense nos anos 2000. Quem quiser conferir pode acessar a playlist disponível nas principais plataformas de streaming.