Mago da Silva é conhecido pela mistura de samba-rock e ritmos periféricos

É Típico!

Quatro versões de MaGodaSilva e Eduardo Potyx para dançar

Parceria entre artista e o produtor traz quatro versões do single "Inspire", com samba-rock, dub, brega-synth.

27 de setembro de 2021

Uma música pode ser muitas, dependendo dos arranjos e versões de quem põe a “mão” na "massa''. O experiente músico, cantor e compositor natalense  maGodaSllva, conhecido pelo trabalho calcado no samba rock, encontrou um parceiro para exercitar a criatividade: O músico e produtor Eduardo Potyx. E em vez de uma, foram quatro versões distintas do novo single "Inspire", que acaba de ser lançado. As versões estão disponíveis em todas as plataformas de streaming e foram foram definidas como Intense, No Flow, Mago Dub e Da Silva Soul.Confira

 

https://www.youtube.com/watch?v=5ZcKcryxvXs

Segundo maGodaSilva, a ideia musical é inspirada em trabalhos anteriores seus, o mulambo vivo e o carnaval sem futuro (desde 2019), em que a mesma canção é sempre interpretada de forma inédita. Aqui Potyx criou quatro versões para “Inspire” para  instigar os DJs a tocarem seus próprios remixes das tracks e fazer upload nos diversos streamings.

 

https://www.youtube.com/watch?v=zp6lZ1thKvo

Potyx é o nome artístico de Eduardo Santana, músico-produtor natalense radicado em São Paulo há 25 anos. Recentemente, andou em parcerias com Anderson Foca e músicos da Paraíba. Natural que o encontro com Maguinho da Silva acontece, mesmo de forma virtual. E foi pelas redes sociais, ano passado que todo o processo aconteceu. De gravação, mix, edição  e masterização se deu no fluxo da Internet com especial feat. As versões trazem Vivi Goeldi nos vocais.

 

Eles ainda não se conhecem no mundo real, mas já produziram um possível hit em quatro versões “Foi realmente intensa, a forma como essa canção bateu em mim. Aí, eu somava tudo que sabia sobre a vivência do malandro beatnik nordestino no cotidiano de Natal, a vibe dos bairros mais agitados que frequentava, como Alecrim, Mãe Luíza e Ponta Negra”, comentou Potyx.

O próprio MagodaSilva analisa as diferentes leituras: “Um tipo de alquimia psicodélica e tropical de Samba Rock com Big Beat, Brega Synth e Dub System. Música Potiguar que vem do gueto, cultura de rua, com a riqueza dos sotaques e um caldo de influências musicais bem quente. Nomes como Wilson Simonal, Jorge Ben Jor, Kraftwerk, Grafith, Asian Dub Foundation e até o lirismo de Serge Gainsbourg são ingredientes. 

 

 

 

Santana também fala sobre o encontro: "Começamos a papear sobre produção musical e os pequenos detalhes que mudam o curso das composições e trabalhos em geral. Minha premissa como artista e produtor é apontar novas direções que já estão dentro do espectro do próprio artista, mas que nem sempre são evidenciadas. Conversando com o Mago, vi que tinha algo forte nele, algo na sua música que faz uma certa citação ao verdadeiro típico local de Natal, que aponta mais para arte periférica”, analisou o produtor. A leitura lhe remeteu à banda Grafith e outras bandas bailes com  suas domingueiras na ASSEN e Camana.

”Jorge Benjor e seu samba rock às vezes psicodélico,  um pouco de Simonal que nossos pais gostaram muito. Também do reggae da zona Norte de Natal, coisas do cancioneiro potiguar perdidos, como Paulinho de Macau e outros artístas bregas que habitam nossos repertórios”.