Rodolfo Garcia dedicou muito de seus esforços na ampliação e organização de acervos
É Típico!
Série "Lives da BN" no dia 12 de agosto, às 17h relembra a trajetória biográfica e a atuação do ceara-miriense na construção do acervo da BN
27 de julho de 2021
Olhos de míope por trás dos óculos, cachimbo britânico no bico e um sorriso voltariano, solucionador das causas históricas, aquele que nos ensinou o Brasil. É esta figura descrita pelos contemporâneos de Rodolfo Garcia, potiguar de Ceará-Mirim que foi diretor da Biblioteca Nacional nos anos 40 do século XX. Para falar desse que foi um dos mais importantes diretores da Biblioteca Nacional e intelectual brasileiro, a Biblioteca Nacional realiza um bate-papo no dia 12 de agosto, às 17h. A programação é realizada pela Fundação Biblioteca Nacional como episódio da série “Lives da BN”. A live terá presença da historiadora e artista plástica Denise G. Porto, para falar do papel de Rodolfo Garcia na incorporação das obras de Maria Graham ao acervo da BN; da bibliotecária Gabriela Bazan Pedrão para tratar de seu impacto na Biblioteconomia brasileira; a historiadora Gabriela D’Avila Brönstrup para radiografar o lugar de Rodolfo Garcia na intelectualidade da época; e, o jurista e escritor natalense Gustavo Sobral para um traçado biográfico mais amplo, desde as origens potiguares de Rodolfo Garcia.
O que faz um diretor da Biblioteca Nacional? A resposta pode variar tanto quanto os personagens, lugares e tempos. Enquanto diretor da BN entre os anos de 1932 e 1945, Rodolfo Garcia não se ateve às incumbências administrativas, mas dedicou muito de seus esforços na ampliação e organização de acervos. Dentre seus vários escritos está a edição dos Anais da Biblioteca Nacional, nos quais foram publicados conjuntos de documentos disponíveis no acervo da BN. Coube a ele escrever as introduções explicativas destas obras. Nelas, observamos prescrições metodológicas feitas aos pesquisadores, especialmente, a respeito de como deviam ser lidos os documentos, bem como o papel delegado à BN enquanto promotora de uma cultura nacional ilustrada.
A indagação a respeito do ofício polivalente de Rodolfo Garcia põe em pauta a atuação dos letrados na coleta, seleção e divulgação de documentos históricos e sua relação com os desafios, possibilidades e limitações da historiografia brasileira na primeira metade do século XX.
Rodolfo Augusto de Amorim Garcia nasceu em Ceará-Mirim, Rio Grande do Norte, no ano de 1873 e faleceu no Rio de Janeiro em 1949. Foi membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) e da Academia Brasileira de Letras (ABL), eleito em 2 de agosto de 1934 e empossado em 13 de abril de 1935. Em 1930, se torna diretor do Museu Histórico Nacional e, em 17 de novembro de 1932, é indicado para assumir a direção da Biblioteca Nacional.
Desde que passou a morar no Rio de Janeiro, Rodolfo Garcia vivia às voltas com a intelectualidade da época. Se torna amigo do Conde de Afonso Celso, de Américo Lacombe, Capistrano de Abreu, Hélio Viana, Afrânio Peixoto, Pedro Calmon, José Honório Rodrigues e tantos outros. Escrevia em jornais, revistas e boletins publicados por instituições culturais. Dividiu, com Capistrano de Abreu, a árdua tarefa de anotar a 3ª edição da História Geral do Brasil, de Varnhagen. Colaborou ainda com o Dicionário histórico, geográfico e etnográfico do Brasil, organizado pelo Instituto Histórico, no qual escreveu a “Etnografia indígena” e “História das explorações científicas no Brasil”. Rodolfo Garcia também deixou o texto: “Classificação bibliográfica, da classificação decimal a suas vantagens”, publicado no Boletim do Museu Nacional em 1929.
Na Biblioteca Nacional, uma das coleções editoriais é em sua homenagem. A Coleção Rodolfo Garcia é dividida em duas séries – textos, e catálogos e bibliografias – em que apresenta, na primeira, estudos sobre grandes corpos documentais do acervo e coletâneas de documentos e, na segunda série, inventários completos de algumas das mais importantes coleções existentes na instituição.
Serviço
Personagens da BN | Rodolfo Garcia | Quinta-feira, 12 de agosto de 2021, 17h. No canal da FBN. Acesse www.youtube.com/c/FundacaoBibliotecaNacional
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