Candeia recebe duas indicações para Ana K. (Dir musical) e João Marcelino (cenário). Brunno Martins

É Típico!

Veja os potiguares em destaque na lista dos indicados ao Prêmio Shell de Teatro 2023

João Marcelino, Henrique Fontes, Ananda K e Marco França foram Indicados em diferentes espetáculos, dois deles pela pela potiguar “Candeia”.

05 de fevereiro de 2023

O Prêmio Shell de Teatro — uma das mais relevantes premiações teatrais do país — anunciou na última quinta-feira os indicados nas nove categorias da 33ª edição do evento. São espetáculos que cumpriram temporadas no Rio de Janeiro e em São Paulo entre 2020 e 2022.

O Rio Grande do Norte teve o maior número de indicações da história do teatro potiguar. Veteranos e novos são prova da força da dramaturgia potiguar como celeiro de artistas talentosos há mais de 3 décadas. O diretor Henrique Fontes (Grupo Carmin), numa parceria com o carioca Vinicius Arneiro, foi co-indicado pela dramaturgia de "Peça de amar”. O veterano João Marcelino, nome com mais de 30 anos de serviços prestados ao teatro potiguar e também brasileiro (já tabalhou com diversos grupos, incluindo o ator Paulo Autran) surge como indicado na categoria Cenário pelo espetáculo potiguar “Candeia”, que foi dirigido por outra estrela local, a atriz Titina Medeiros.

Dentre os indicados ao Prêmio Shell São Paulo, o ator, compositor e produtor musical Marco França recebeu a indicação pela direção musical de “Tatuagem”. Um dos artistas mais plurais do teatro potiguar, Marco França, além da carreira iniciada nos Clowns de Shakespeare e seu trabalho como diretor musical, também ganhou os holofotes recentes no papel do matador de aluguel Fubá Mimoso, em Mar do Sertão.

Em postagem nas suas redes sociais, o Grupo Candeia e o cenógrafo João Marcelino agradeceram a indicação e a surpresa pela presença da peça em meio a tantos espetáculos que consideram gigantes : “Para nós já é uma grande vitória perceber que o poder femininoe da força ancestral expressados de maneira simples e acessível pode chegar a tão alto patamar de reconhecimento. Candeia no Prêmio Shell é o reconhecimento do simples como arte, a simplicidade vista com os olhos da experiência, em meio a tantos trabalhos gigantes e tantos talentos indiscutíveis.” Também pelo mesmo espetáculo “Candeia” surge a jovem Ananda K, indicada pela direção musical. A equipe de 'Candeia' ainda traz no elenco Ananda K, Manu Azevedo, Múcia Teixeira e Nara Kelly. Na direção, Titina Medeiros. E na dramaturgia, Cléo Araújo

O diretor, ator e dramaturgo Henrique Fontes comenta sobre o espetáculo do qual é indicado. “Escrevi esse texto durante o confinamento pandêmico, e em 2022 a convite da Pandêmica Coletivo transcriei com o maravilhoso Vini Armeiro nessa primeira parceria dramatúrgica. A peça é um grito de alívio esperança , um relato de amor e desejo por dias melhores”. 

Vale lembrar que esta 33ª edição do evento também reafirma o protagonismo feminino no teatro nacional. Léa Garcia, que completa 90 anos em 2023, e Teuda Bara, de 81, uma das fundadoras do Grupo Galpão, serão homenageadas na cerimônia de entrega dos troféus, no dia 21 de março, no Rio de Janeiro. Também inova, incluindo entre os premiados pessoas trans. 

Indicados no Rio de Janeiro

A seguir, confira a lista de indicados ao Prêmio Shell de Teatro no Rio de Janeiro. O júri é composto por Leandro Santanna (produtor cultural, gestor público e ator), Ana Luisa Lima (professora, produtora e gestora cultural), Biza Vianna (figurinista, diretora de arte e produtora cultural), Patrick Pessoa (dramaturgo e crítico teatral) e Paulo Mattos (curador e produtor cultural).

Dramaturgia

Henrique Fontes e Vinicius Arneiro, por “Peça de amar”;

Gilson Barros, por “Riobaldo”;

Cecilia Ripoll, por “Pança”;

Elisandro de Aquino por “Eu amarelo”;

Rodrigo Portella, por “Ficções”;

Marcio Abreu e Nadja Naira, por “Sem palavras”

 

Direção

Renata Tavares, por “Nem todo filho vinga”;

Enrique Diaz e Marcio Abreu, por “O espectador”;

Rodrigo Portella, por “Ficções”;

Paulo de Moraes, por “Neva”;

Marcio Abreu, por “Sem palavras”;

André Paes Leme, por “A hora da estrela ou O canto da Macabéa”

 

Ator

Reinaldo Junior, por “O grande dia”;

Milton Filho, por “Joãosinho e Laíla: ratos e urubus, larguem minha fantasia”;

Cridemar Aquino, por “Joãosinho e Laíla: ratos e urubus, larguem minha fantasia”;

Gilson Barros, por “Riobaldo”;

Fábio Osório Monteiro, por “Sem palavras”;

Mario Borges, por “A última ata”

 

Atriz

Ana Carbatti, por “Ninguém sabe meu nome”;

Vera Holtz, por “Ficções”;

Vilma Melo, por “Mãe de santo”;

Andrea Beltrão, por “O espectador”;

Vitória Jovem Xtravaganza, por “Sem palavras”;

Vini Ventania Xtravaganza, por “Sem palavras”

 

Cenário

J.C. Serroni por “Morte e vida severina”;

André Curti e Artur Luanda Ribeiro, por “Enquanto você voava, eu criava raízes”;

João Marcelino, por “Candeia”;

Bia Junqueira, por “Ficções”;

Cachalote Mattos, por “Turmalina 18 - 50”;

Erick Saboia e Marcio Meireles, por “Do outro lado do mar”

 

Figurino

Wanderley Gomes, por “Vozes negras: a força do canto feminino”;

João Pimenta, por “Ficções”;

Ticiana Passos, por “Enquanto você voava, eu criava raízes”;

Julia Vicente e Gabriel Vieira, por “Peça de amar”;

Marie Salles, por “O espectador”

 

Iluminação

Cesar de Ramires, por “Morte e vida severina”;

Artur Luanda Ribeiro, por “Enquanto você voava, eu criava raízes”;

Gabriel Fontes Paiva e André Prado, por “Um precipício no mar”;

Alexandre Gomes, por “A jornada do herói”;

Maneco Quinderé, por “Neva”;

Fernanda Mantovani, por “Caim”

 

Música

Jorge Maya, pela direção musical de “Luiza Mahin ... Eu ainda continuo aqui”;

Itamar Assiere, pela direção musical de “Morte e vida severina”;

Chico Cézar, pela direção musical de “A hora da estrela ou O canto da Macabéa”;

Ananda K, pela direção musical de “Candeia”;

Claudia Eliseu e Wladimir Pinheiro, pela direção musical de “Vozes negras: a força do canto feminino”; 

Azullllll, pela direção musical de “Cão gelado”

 

Indicados ao Prêmio Shell de SP

Dramaturgia

Dione Carlos, por “Cárcere ou Porque as mulheres viram búfalos”;

Soraia Costa, por “Sete cortes até você”;

Ronaldo Serruya, por “A Doença do outro”;

Viviane Dias, por “Tarsila ou A vacina antropofágica”;

Lucas Moura, por “Desfazenda – Me enterrem fora desse lugar”;

Paola Prestes, por “Bata antes de entrar”

 

Direção

Miguel Rocha, por “Cárcere ou Porque as mulheres viram búfalos”;

Lázaro Ramos e Tatiana Tibúrcio, por “O método Grönholm”;

Ruy Cortez e Marina Nogaeva Tenório, por “A semente da romã” e “As três irmãs”;

José Fernando Peixoto de Azevedo, por “Um inimigo do povo”;

Janaina Leite, por “A história do olho – Um conto de fadas pornô-noir”;

Rogério Tarifa, por “O que nos mantém vivos?”

 

Ator

Clayton Nascimento, por “Macacos”;

Paulo Marcello, por “O fazedor de teatro”;

Rodrigo Pandolfo, por “F.E.T.O (Estudos de Doroteia Nua Descendo a Escada)”;

Luis Lobianco, por “O método Grönholm”;

Odilon Wagner, por “A última sessão de Freud”;

Zécarlos Machado, por “Papa Highirte”

 

Atriz

Verónica Valenttino, por “Brenda Lee e o Palácio das Princesas”;

Assucena, por “Mata teu oai – Ópera balada”;

Ana Lucia Torre, por “Longa jornada noite adentro”;

Sara Antunes, por “Anjo de pedra”;

Clara Carvalho, por “Um inimigo do povo”;

Laila Garin, por “A hora da estrela ou O canto da Macabéa”;

 

Cenário

Fabio Namatame, por “A última sessão de Freud”;

Daniela Thomas e Felipe Tassara, por “Molly Bloom”;

Bira Nogueira, por “Meu reino por um cavalo”;

Luiz André Charubine e Mandy, por “Pérsia”;

Zé Henrique de Paula, por “Sweeney Todd”;

Chris Aizner, por “Outono, inverno ou O que sonhamos ontem”

 

Figurino

Claudia Schapira, por “Na solidão dos campos de algodão”;

Marichilene Artisevskis, por “Mary Stuart”;

Karen Brusttolin, por “Gaslight, uma relação tóxica”;

Anne Cerutti, por “Consentimento”;

João Pimenta, por “F.E.T.O (Estudos de Doroteia Nua Descendo a Escada)”;

Silvana Marcondes, por “Nzinga”

 

Iluminação

Wagner Pinto, por “F.E.T.O (Estudos de Doroteia Nua Descendo a Escada)”;

Cesar Pivetti, por “Brilho eterno”;

Aline Santini, por “Na solidão dos campos de algodão”;

Cibele Forjaz, por “Altamira 2042”;

Wagner Antonio, por “Com os bolsos cheios de pão”;

Wagner Freire, por “Mary Stuart”

 

Música

Marco França, pela direção musical de “Tatuagem”;

Tom Zé e Maria Beraldo, pela música de “Língua brasileira”;

Alisson Amador, Amanda Abá, Denise Oliveira e Jennifer Cardoso, pela execução musical em “Cárcere ou Porque as mulheres viram búfalos”;

Dani Nega, Eugênio Lima e Roberta Estrela D’Alva, pela direção musical de “Hip hop blues”;

Felipe Botelho, Amanda Ferraresi, NBKE e Wallie Ruy, pela execução musical em “Wonder – Vem pra barra pesada”;

Dan Maia, pela música de “Tebas”