Fernando Monteiro une pesquisa e poesia para falar sobre a Casa da Morte, um centro de tortura no RJ
Agenda Cultural
Poeta e cineasta recifense lança pela Sol Negro editora livro de denúncia poética sobre os horrores da ditadura brasileira
26 de novembro de 2020
Por Jana Maia
Em "Os vivos (?) e os mortos", Monteiro une pesquisa e poética acerca das atrocidades da Casa da Morte, um centro de tortura no Rio de Janeiro usado pelo regime militar nos anos 1970 no qual niguém saía vivo. O centro clandestino tornou-se conhecido graças a Inês Etinne Romou, a única sobrevivente das torturas e assassinatos que aconteciam no local.
O livro, que está numa campanha de financiamento coletivo na plataforma Catarse, é ilustrado pelo ator Chico Díaz, em sua primeira experiência ilustrando livros, tem edição da Sol Negro (Natal/RN) e uma apresentação do poeta e professor Sérgio Castro Pinto.
Os vivos (?) e os mortos, que faz parte de um projeto do autor sobre livros com poemas temáticos, trata não só das mortes, como também evoca uma provocação aos dias atuais, o “pós-regime”, expondo os contrastes entre uma geração combativa e os vivos (?) da geração atual, passivos e enfeitiçados por telas e algoritmos.
Fernando Monteiro, em uma série de poemas e ilustrações que reforçam a intensidade do tema, denuncia não só o passado como também o presente, um momento no qual alguns defendem abertamente a tortura, e o autoritarismo e obscurantismo tomaram conta da admnistração pública.
O escritor declara em suas páginas o absoluto horror, fracasso humano e civilizatório que a tortura significa. E que é preciso resistir, persistir na dura tentativa de “escrever versos para os vivos / que não estejam mortos.”
Monteiro é autor de obras como Memória do mar sublevado, Ecométrica, Aspades, dentre outras, e uniu-se neste trabalho ao ator, arquiteto e artista plástico Chico Díaz, que já esteve em importantes trabalhos como O sonho não acabou, Corisco e Dadá e Amarelo Manga. Para colaborar no Catarse basta acessar este link, que ficará ativo até o dia 13 de janeiro de 2021: https://www.catarse.me/osvivoseosmortos
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